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Brasil

118 milhões de brasileiros estão desempregados, informais ou trabalhando menos do que gostariam, segundo dados do IBGE 

118 milhões de brasileiros estão desempregados, informais ou trabalhando menos do que gostariam, segundo dados do IBGE 

O desemprego no Brasil cresceu no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período anterior, segundo a nova Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE divulgada no dia 30 de abril. Os dados mostram que 118,2 milhões de brasileiros – cerca de 35% da população do País – estão sem trabalho, trabalhando menos do que gostariam ou incapazes de trabalhar por se dedicarem a trabalhos domésticos ou a cuidar de parentes adoecidos. 

A pesquisa diz que pessoas classificadas como “ocupadas” pelo IBGE – ou seja, que trabalharam ao menos uma hora de trabalho remunerado durante a semana da entrevista – cresceram em 1,3%. Acontece que a categoria de “ocupada” do IBGE é vaga e engloba desde funcionários públicos ou privados com carteira assinada até pessoas que trabalham em bicos. 

O resultado de 118,2 milhões de brasileiros sem trabalhar foi calculado por AND a partir do número de pessoas que, durante a semana de pesquisa, se encontravam:

  • Desempregadas, mas procurando por trabalho (“desocupadas”) – 7,7 milhões 
  • Subocupadas, ou seja, trabalhando menos do que gostariam – 4,6 milhões 
  • Empregas de maneira informal –  38,9 milhões
  • Fora da força de trabalho, composta por aqueles que se encontram desempregados e sem procurar emprego – 67 milhões. 

Ao considerar somente as pessoas desempregadas e fora da força de trabalho, se chega ao resultado de 74,7 milhões de brasileiros – 35% da população brasileira. Os dados do IBGE são camuflados pela cúpula da instituição e pelo monopólio de imprensa, que usam das categorias genéricas para anunciar um “baixo desemprego”.

A pesquisa foi divulgada dias antes do 1° de maio – o Dia do Internacionalismo Proletário –, quando milhares de trabalhadores vão às ruas para protestar contra a exploração do trabalho. Nesse ano, o presidente Luiz Inácio (PT) se recusou a ir aos protestos em São Paulo, como de costume, com medo de comparecer a um ato tão esvaziado quanto ao convocado pelas centrais sindicais vendidas no ano passado, que mobilizou 2 mil pessoas. Ainda mais que, nesse ano, categorias insatisfeitas com o governo vão estar em peso nos protestos, como os motoristas de aplicativo. 

Os trabalhadores de aplicativo – categoria que é composta principalmente de trabalhadores informais ou de “subocupados” – protestam há anos por melhores condições de trabalho e, desde 2023, tem rechaçado o governo de Luiz Inácio pela conciliações com as grandes empresas de aplicativo (99, Uber e iFood), como já denunciou o AND.

O povo sofre ainda mais com a alta no desemprego e com a precarização do trabalho na atual situação de alta da inflação e da taxa de juros. A última  já chegou a 14,25% ao ano sob a falsa justificativa de conter a inflação. A lógica de conter a inflação é errada porque, na verdade, os cartéis de grandes burgueses que controlam a economia definem os preços para lucrar o máximo possível. 

 Enquanto isso, 80,5% das famílias que ganham até três salários mínimos se encontram endividadas, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em 2024.

Manifesto do Partido Comunista

Escrito por K. Marx e F. Engels em dezembro de 1847 a janeiro de 1848 e publicado pela primeira vez em Londres, em fevereiro de 1848. Neste célebre livro, os…

O governo, em vez de tentar controlar o caos, aprova o programa econômico da cúpula do Banco Central, liderada pelo indicado de Luiz Inácio, Gabriel Galípolo, e  ainda anuncia programas de maior endividamento do povo. Um exemplo foi o anúncio do presidente de que fará uma linha de “crédito fácil” para motoristas de aplicativo comprarem motos – o que, além de manter a exploração das grandes empresas, ignora todas as exigências dos trabalhadores da categoria na greve dos dias 31 de março e 1° de abril. 

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O desemprego no Brasil cresceu no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período anterior, segundo a nova Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE divulgada no dia 30 de abril. Os dados mostram que 74,7 milhões de brasileiros – cerca de 35% da população do País – estão sem trabalho. 

A pesquisa diz que o número de desemprego cresceu em 1,3%, mas isso é considerando qualquer pessoa classificada como “ocupada” segundo o IBGE – o órgão considera como “ocupadas” as pessoas que tenham trabalhado ao menos uma hora de trabalho remunerado durante a semana da entrevista. Ou seja, desde funcionários públicos ou privados com carteira assinada até pessoas que trabalham em bicos. 

O resultado de 74,7 milhões de brasileiros sem trabalhar foi calculado por AND a partir do número de pessoas que, durante a semana de pesquisa, se encontravam desempregadas, embora estivessem procurando por trabalho, denominadas de “desocupadas” pelo IBGE, que somam 7,7 milhões de indivíduos, com o conjunto de massas fora da força de trabalho, composta por aqueles que se encontram desempregados e sem procurar emprego, atualmente 67 milhões. 

Os dados de “desocupados” apresentaram um aumento de 0,8% em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2024, enquanto o grupo “fora da força de trabalho” aumentou em 1,2%. Um ponto que eleva a preocupação é que do total de pessoas “fora da força de trabalho”, 3,2 milhões se encontram “desalentados”, ou seja, sem qualquer perspectiva de arranjar trabalho, um aumento de 6,6% (200 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior . 

Cabe ressaltar que a categoria “fora da força de trabalho” é genérica por englobar tanto as pessoas que não podem trabalhar devido a outras ocupações, como a escravidão doméstica ou parentes adoecidos, e que não recebem nenhuma remuneração por este afazer – o que afeta principalmente as mulheres pobres – bem como o “desalentados”. O alto número de pessoas nesta categoria é um reflexo direto da economia atrasada do País. 

BC aumenta taxa de juros a 14,25% sob falsa justificativa de conter inflação – A Nova Democracia

O Banco Central (BC), por decisão do seu Comitê de Política Monetária (Copom), informou nesta quarta–feira (19/3) que irá aumentar a taxa básica de juros

Esses dados foram profundamente camuflados pelo monopólio da imprensa. Os jornalões fizeram coro com a direção do IBGE que procurou isolar os dados do verdadeiro desemprego com várias classificações ambíguas. O fato é que, considerando o desenvolvimento dos dados, o desemprego se encontra em nítido crescimento. 

Ao somar os dados de informalidade com a desocupação, pessoas fora da força de trabalho e subocupação por insuficiência de horas trabalhadas, chegamos a um total de 118,2 milhões de brasileiros.

A alta no desemprego e nas relações de trabalho insuficientes para a subsistência das massas populares se agrava ainda mais com a alta taxa de juros de 14,25% ao ano, falsamente argumentados pelo governo oportunista de Luiz Inácio como uma forma de conter a inflação. Esses argumentos são sustentados nos dados sustentados pelo IBGE, em conjunto ao monopólio de imprensa, que acusaram um “baixo desemprego”. Esses argumentos são falsos, uma vez que os preços dos produtos são definidos pelos cartéis que monopolizam a produção a fim de potencializar os máximos lucros possíveis. Enquanto isso, 80,5% das famílias que ganham até três salários mínimos se encontram endividadas, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em 2024. Com a alta no endividamento, a alta na taxa de juros só pode agravar a situação das famílias mais pobres. 

Pôster Karl Marx – Loja do AND – Editora Aimberê

Impressão em Papel Premium Dimensões: 42cm x 29,7cm (Padrão A3) Foto ilustrativa, não acompanha moldura

Fonte: anovademocracia.com.br

Publicado em: 2025-05-01 19:51:00 | Autor: Redação de AND |

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