Um proposta do Banco do Brasil de fechar 112 agências e desligar 5 mil funcionários pode fazer o presidente do banco, André Brandão, deixar o cargo menos de quatro meses após sua posse. Segundo informações preliminares, o presidente Jair Bolsonaro decidiu demiti-lo pelo desgaste provocado com o anúncio, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda tenta demovê-lo da ideia.
Segundo o jornal Estadão, anúncio foi considerado inoportuno neste momento em que o Palácio do Planalto negocia apoio para os comandos da Câmara e do Senado. Guedes gosta de Brandão e faz elogios ao perfil do presidente do banco.
Entre assessores do governo, a avaliação é a de que ele tem boa repercussão no mercado, mas não levou em conta da “dimensão política” de medidas envolvendo o Banco do Brasil. A equipe econômica tenta reverter a irritação do presidente, para manter Brandão no cargo.
André Brandão assumiu o BB em setembro, substituindo Rubem Novaes, que pediu demissão em julho de 2020, e ocupava o posto desde o início do governo Bolsonaro.
Fechamento
Na segunda-feira, 11, o BB anunciou o programa de demissão voluntária para 5 mil pessoas, além do fechamento de 361 unidades, sendo que 112 são agências do banco. A reorganização da rede de atendimento deve trazer uma economia líquida anual estimada com despesas administrativas de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.