O Galo caiu na tabela depois do surto de Covid-19 na equipe; a soma do menor desempenho com o crescimento dos adversários ajudou
O surto de Covid-19 desfalcou o Atlético quando a equipe era líder do Campeonato Brasileiro e alguns jogadores, mesmo depois de terem se recuperado, ainda não retomaram a plena forma física. Oito jogos depois, o Galo está na terceira colocação, a seis pontos do líder São Paulo, mas será que foi a doença que prejudicou o desempenho do clube na competição? Os números não mentem. O aproveitamento do Galo, antes do coronavírus, era de 60%. Depois, de 45%. Caiu um pouco, mas o crescimento dos postulantes ao título que pode ter atrapalhado o sonho de título.
O primeiro jogo com um grande número de desfalques por conta da doença foi contra o Athletico-PR, pela 6ª rodada, em jogo adiado Desde aquela partida, foram três vitórias, três empates e duas derrotas, um aproveitamento de 45%. Desempenho menor do que vinha sendo apresentado pela equipe de Sampaoli. Antes do surto, o Atlético disputou 21 partidas pelo Brasileirão e teve aproveitamento de 60%, com 12 vitórias, dois empates e sete derrotas.
Dentro de campo, o rendimento de alguns jogadores, principalmente nos primeiro jogos após o isolamento, foi baixo, mas, em números, o desempenho não foi tão pior. Vale lembrar que o Galo também tem um jogo a menos, que será disputado com o Santos no dia 27 de janeiro e pode ajudar o clube a se aproximar mais dos adversários.
Por coincidência o São Paulo, atual líder, “pagou” os seus jogos adiados exatamente nesse período em que o Galo se recuperava dos efeitos da doença. Foram três jogos de rodadas adiadas, duas vitórias e um empate, além de ter conquistado pontos também nas rodadas regulares. Foi aí que o Galo perdeu a liderança para o time paulista.
O Internacional também melhorou seu desempenho durante o período. Foi apenas uma derrota, dois empates e uma sequência de cinco vitórias do Colorado, que saltou para a segunda colocação na 28ª rodada.
Durante o surto de Covid-19, o Atlético teve ao todo 11 desfalques. Confira a situação desses atletas no time antes e depois da doença
Everson
O goleiro titular desfalcou a equipe apenas por dois jogos. Por “sorte”, retornou do isolamento poucos dias depois do reserva Rafael testar positivo, antes do jogo contra o Internacional. O goleiro que completou “um turno” de jogos pelo Galo, contra o Bragantino, na segunda (11), segue sendo titular absoluto de Sampaoli.
Rafael
O goleiro reserva foi o último do grupo a pegar a doença e, por isso, foi titular no lugar de Everson por dois jogos. Depois que se recuperou, continuou não sendo acionado por Sampaoli.
Victor
O ídolo do Atlético não fez muita falta no time. Como terceiro goleiro, Victor não foi titular nem antes nem depois de se recuperar da doença.
Guga
Titular absoluto antes e depois da doença, o jogador foi substituído, enquanto estava em isolamento, pelo garoto da base, Talison. Após o período isolado, Guga disse que sentiu bastante os efeitos da doença no corpo, mas segue na seleta lista de jogadores de Sampaoli que permanecem os 90 minutos em campo em todos os jogos.
Réver
O zagueiro parece não ter sofrido fisicamente o período sem treinamentos. Só não jogou os 90 minutos, contra o Athletico-PR, quando estava pendurado e Sampaoli deu mais uma oportunidade ao zagueiro Gabriel. Réver entrou quase no final da partida, recebeu o terceiro cartão amarelo e ficou de fora também do jogo com o São Paulo para cumprir suspensão.
Gabriel
Em isolamento, Gabriel desfalcou a equipe por três jogos. Foi titular nas três partidas seguintes. Contra o Inter, para substituir Junior Alonso, suspenso. Com Athletico-PR também jogou os 90 minutos e contra o São Paulo para substituir Réver. Depois disso, ficou no banco e não foi utilizado, mas já não era titular antes da doença.
Jair
O volante talvez tenha sido o jogador que teve mais “azar”. Logo após o fim do período de isolamento, Jair sofreu uma ruptura muscular na panturrilha esquerda e não pode retornar contra o Internacional, como a maioria dos jogadores.
Jair só entrou em campo quatro partidas depois de se recuperar da Covid-19. Ainda trabalhando o condicionamento físico, por causa da lesão, o jogador entrou no segundo tempo e pode ser titular no jogo contra o Atlético-GO, no domingo (17).
Allan
Por causa da lesão de Jair, Allan foi o único volante da equipe depois da Covid-19. Só não foi titular contra o Coritiba, porque foi expulso no duelo com o São Paulo e precisou cumprir suspensão.
Alan Franco
O jogador que mais sofreu com o período sem treinamentos. De acordo com o médico do Galo, Franco ainda não conseguiu recuperar sua forma física, porque foi o que ficou maior período em isolamento, O meia estava com a seleção do Equador e precisou ficar 14 dias, enquanto os outros jogadores seguiram o protocolo do clube e ficaram isolados por 10 dias.
Por causa da doença, Franco desfalcou a equipe por quatro jogos. Retornou no empate em 2 a 2 contra o Internacional, mas não conseguiu render. Ainda não jogou os 90 minutos e fez seu primeiro jogo como titular depois da recuperação, contra o Bragantino, porém foi substituído no início do segundo tempo.
Sávio
O jovem atacante foi o primeiro do “surto” a se contaminar. Antes da doença, Savinho foi utilizado algumas vezes por Sampaoli, mas nunca como titular. O jogador foi o primeiro a retornar do isolamento e não entrou mais em campo. No último jogo do Galo, contra o Bragantino, o jogador não esteve nem no banco de reservas.
Eduardo Vargas
O último reforço do Atlético jogou apenas uma partida antes de ser contaminado pelo vírus. Depois que se recuperou, o atacante foi titular em todas as partidas e marcou seu primeiro gol pelo Galo contra o Athletico-PR.