Mais um caso de assalto a ônibus foi registrado em Salvador na manhã desta quinta-feira (14). O crime aconteceu na Avenida Tancredo Neves, na região do Centro Empresarial Iguatemi. De acordo com informações, cerca de dez passageiros tiveram celulares levados por dois assaltantes. Segundo os passageiros, os bandidos foram agressivos. No entanto, ninguém foi agredido fisicamente.
Em entrevista à Rede Bahia, uma mulher que não quis se identificar por medo de represálias, contou que toda a situação foi tensa e que teve medo de uma ação mais violenta dos criminosos durante o momento em que estavam recolhendo os pertences dos passageiros. “A forma como eles se apresentam é muito agressiva. Foram muito agressivos. Então qualquer pessoa que vê aquela situação tem que entregar logo o que eles estão pedindo, porque a gente fica com medo de uma reação pior deles”, disse.
Ela e outros quatro passageiros prestaram queixa na Delegacia do Grupo Especial de Repressão a Roubos de Coletivos (Gerc). O ônibus que foi abordado pelos criminosos fazia a linha Pituba-Mata Escura. O veículo já havia passado pela região do Shopping da Bahia, e estava próximo ao Centro Empresarial Iguatemi quando o assalto foi anunciado. A reportagem do CORREIO procurou a Polícia Civil (PC) para saber sobre as investigações sobre o caso e a possibilidade de identificação dos criminosos, mas não obteve uma resposta sobre o assunto.
Assaltos em coletivos
Os casos de assaltos a ônibus não são novidade em território soteropolitano. Desde 2016, ao menos 1.500 casos são registrados por ano na capital. Em 2020, foram 1.569 roubos em coletivos. Apesar da quantidade ainda alta de casos, os números de assaltos têm diminuído nos últimos cinco anos. Em 2016, foram 2.664 casos. Já em 2017, foram 2.633 roubos. Em 2018 e 2019, foram registradas, respectivamente, 2.045 e 1.982 ocorrências do tipo.
Apesar de altos, números de assaltos a ônibus em Salvador vêm reduzindo (Foto: Reprodução/SSP)
O titular do Gerrc, delegado Marcelo Tânus, afirmou que parte dos crimes são cometidos por adolescentes e questionou o modelo judicial, que para ele é um facilitador para novos crimes. “Lidamos com autores, boa parte deles, adolescentes. Eles são apreendidos e, no mesmo dia, retornam às ruas e voltam a assaltar. Seguiremos firmes, mesmo com toda essa problemática social, buscando sempre reduzir os números, como conseguimos em 2020”, afirmou.
*Com orientação da subeditora Tharsila Prates