SÃO PAULO – Mais do que a chateação por ter sido vítima do racismo da torcida do Real Garcilaso na quarta-feira, no Peru, o meio-campista Tinga, do Cruzeiro, o que realmente o abalou foi saber a reação do filho. Somente nesta quinta-feira ele teve conhecimento de que o garoto chorou bastante com o que lhe aconteceu. Isso foi o que mais doeu, disse Tinga na volta ao Brasil, após longa viagem desde a cidade peruana de Huancayo.
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João Godinho/Estadão
Jogador durante o desembarque em Belo Horizonte
“O momento que realmente me deixou chateado foi quando soube que meu filho começou a chorar muito, sem entender o que estava acontecendo”, disse Tinga à rádio CBN.
“E hoje (quinta-feira) ele não quis ir para a escola. Eu estou preparado, porque a minha vida sempre foi de provações, mas minha família não está preparada.”
O jogador do Cruzeiro entrou em campo contra o Garcilaso aos 20 minutos do segundo tempo, em lugar de Ricardo Goulart. Recordou que começou a perceber torcedores imitando gestos e sons de macacos já quando se encaminhou para assinar a súmula. Em campo, tentou se concentrar o máximo que pode, mas admitiu que não foi possível. (O ESTADÃO)
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