No último domingo, o boicote eleitoral saiu vencedor das eleições para prefeito em Belo Horizonte. O massivo boicote, que atingiu cerca de 37% do eleitorado, foi um rechaço contra os candidatos Fuad (PSD), considerado um reacionário “moderado”, e o ultra reacionário Bruno Engler (PL).
O boicote tratorou os dois políticos com 636 mil abstenções, 61 mil votos anulados e 46 mil votos brancos, somando um total de 743 mil pessoas que boicotaram as eleições, entre os eleitores considerados aptos a votar. Fuad Noman se reelegeu com 670 mil votos, ou seja, perdeu por 73 mil votos para o boicote eleitoral.
O número, como sempre, é subestimado: não considera aqueles maiores de 16 anos que não regularizaram seus títulos ou que já tiveram mesmo seu CPF cancelado por anos de rechaço à farsa eleitoral.
Com uma pequena margem de vantagem, Fuad, que é visto como um aliado da máfia dos transportes, superou Bruno Engler. O aumento do boicote em todo o país reflete uma percepção crescente entre os eleitores de que os candidatos são todos “farinha do mesmo saco”, que também ficou bastante evidente em outras capitais, como São Paulo.