🗳️ – ELEIÇÕES 2024

Na puxada de 13 municípios - de Jequié a Ubaitaba - candidatos da situação venceram em 11. Oposição levou apenas em Ubaitaba, com Gracinha (Avante), que impediu a reeleição de Beda (MDB). E em Ibirapitanga, onde a maioria dos eleitores disseram não a reeleição do prefeito Junilson de Boró (PSD). Je, do Avante, toma posse em 1º de Janeiro de 2025

A 2D não pega a tangente e diz que a máquina pública entrou em campo em favor dos candidatos de situação, eleitos ou reeleitos prefeitos nestas eleições municipais de 2024.

Se há suspeita, cuidem os adversários provocar o juízo eleitoral, árbitro das pelejas que elegeram 415 dos 417 novos prefeitos baianos, que tomaram posse em 1º de janeiro de 2025.

Em dois municípios, Camaçari e Vitória da Conquista, a decisão ficou para o segundo round: tem segundo turno.

Mas chamou a atenção deste site o placar amplamente negativo para as oposições, em um levantamento que envolve 13 municípios, numa puxada que parte de Jequié, entra em Itagi, cruza Jitaúna, da um pulo em Aiquara até chegar em Ipiaú.

Vai até Itagibá e Dário Meira. No retorno, passa em Ibirataia. Depois segue para Barra do Rocha, Ubatã, Gongogi, Ibirapitanga e finaliza em Ubaitaba.

Ficou 11 a 2 para os candidatos de Situação, aqueles estão alojados no poder ou são apoiados por ele. Reeleições aconteceram em seis: Jequié, Jitaúna, Itagibá, Barra do Rocha, Ubatã e Gongogi.

Prefeitos que se despedem do poder neste próximo 31 de dezembro fizeram seus sucessores em 5 municípios: Itagi, Aiquara, Dário Meira, Ipiaú e Ibirataia.

Apenas em dois não deu para a Situação. Em Ubaitaba, Asclepíades de Almeida Queiroz , o Bêda (MDB), viu sua pretensão de chegar ao quinto mandato frustrada pela vitória de Gracinha Viana, do Avante.

Em Ibirapitanga, o prefeito de Junilson de Boro (PSD) vai entregar a cadeira a Je, que é filiado ao Avante.

Colocaram seus adversários para comer poeira, com folgada vantagem, três prefeitos reeleitos. O impressionante Zé Cocá (PP), de Jequié, somou robustos 91,7% dos votos válidos.

O segundo do ranking é o prefeito da pequena Barra do Rocha, José Luiz Franco (PDT), que arrematou 82,07% dos votos.

O terceiro é Marcelo Pecorelly, de Jitaúna, que se reelegeu com 74,1% dos votos válidos.

Em Dário Meira, Mari Silva, apoiada pelo prefeito William de Alemão, obteve 75,22% dos votos é e a melhor colocada entre os novos eleitos.

O escore também é folgado para os candidatos apoiados pelo governo da Bahia, via governador Jerônimo Rodrigues. Perdeu apenas em três: Jequié, Itagi e Aiquara.

Mas o caso de Aiquara é muito simbólico, tendo em vista que lá perdeu o candidato Márcio Meira, que é do PT, e a cidade e o torrão natal de Jerônimo.

Mas o partido do Governador, PT, pouco disputou eleições nesta banda da Bahia. Muito se fez representar pelos partidos da base.

Ainda assim, venceu em Ubatã, com a reeleição do prefeito Tinho do Vale.

Em Itagibá, Marquinhos Barreto foi reeleito e chega ao terceiro mandato. Foi prefeito de 2012 a 2016, não conseguindo, a reeleição.

Mas foi a revanche contra o então prefeito Gilson Fonseca em 2020 e venceu. Gilson ficou em terceiro naquela disputa. Em segundo, ficou Dalila Aguiar, que voltou a perder para Marquinhos agora nestas eleições de 2024.

O médico Olival Andrade Júnior (União Brasil), 70 anos, consagrou-se com a terceira vitória consecutiva em Itagi.

Prefeito pelo segundo mandato consecutivo, ele apresentou como candidato a sua sucessão o nome de Saulo Soledade, que venceu com folgada vantagem

De acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), 82,91% dos eleitores baianos compareceram para votar no primeiro turno desse domingo (6). Dos mais de 11 milhões em situação regular com a Justiça Eleitoral do estado, 9.354.994 exerceram a cidadania.

Mas, em relação Governo da Bahia, a oposição venceu em 13 das 20 maiores cidades do estado.

Somente o União Brasil, um dos partidos mais representativos na oposição ao governo, elegeu prefeitos em cidades como Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Simões Filho, Ilhéus e Barreiras.

Esses municípios concentram mais de 4,5 milhões de eleitores, o equivalente a 40% do eleitorado do estado, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA)

A lista ainda pode aumentar com Vitória da Conquista, caso a Justiça valide a vitória de Sheila Lemos, que venceu nas urnas com 58,83% dos votos, mas não pode ser considerada eleita até que seja julgado um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Outra cidade que se torna crucial nesse momento é Camaçari, onde candidatos Caetano (PT) e Flávio (União Brasil) irão disputar, pela primeira vez na história do município, o segundo turno.

‘Equilíbrio político’
Mas, ouvido pelo portal G1 Bahia, o cientista social Cláudio André, professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), explica que, primeiro, é importante entender que o eleitorado baiano está muito além desses 20 municípios. A Bahia possui 417 cidades com mais de 11,2 milhões de votantes e a base governista venceu em 309 cidades, onde os prefeitos também vão influenciar o voto.

Apesar disso, o resultado de 2024 é um termômetro e a oposição tem tido vitórias políticas em cidades importantes, observa ele.

2D com informações de GI e Metrópole