Após 4 meses de atraso salarial, os garis de Paulista (PE) entraram em greve no dia 19 de dezembro reivindicando o pagamento dos meses trabalhados e o décimo terceiro. A falta desses profissionais foi ligeiramente notada pelos moradores da região, que observaram o aumento e permanência da quantidade de lixo nas ruas. 

Após ser questionada, a empresa privada responsável pelo recolhimento de resíduos, a I9 Paulista Gestão de Resíduos, afirma que a causa da falta de pagamento dos trabalhadores seria uma dívida da prefeitura que somada resultaria em R$25 milhões. A empresa I9 Paulista Gestão de Resíduos possui uma parceria público-privada (PPP) com a prefeitura de Paulista e, segundo o Tribunal de Contas do estado de Pernambuco (TCE-PE), a empresa tem um contrato de 25 anos de duração com a mesma.

No dia 23 de dezembro, após 4 dias do início da greve, a empresa realizou a quitação da segunda parcela do 13º da categoria, o que fez a greve vitoriosa. A prefeitura de Paulista soltou uma nota sobre o encerramento da greve: “Estamos acompanhando de perto o processo de retomada dos serviços, que deverão ser restabelecidos integralmente ainda na noite de hoje, com o objetivo de minimizar os transtornos causados à população pela paralisação. Seguimos comprometidos em garantir que os serviços essenciais sejam mantidos com qualidade e responsabilidade.”

Nas postagens nas redes sociais sobre o caso, vários usuários comentaram em apoio à luta da categoria e ressaltaram a essencialidade do serviço para a saúde pública e bem-estar. Diversos internautas moradores da região, em resposta ao posicionamento da prefeitura nas redes sociais, mostraram indignação com o acontecido e descontentamento com a posição da prefeitura perante o caso: “Uma vergonha, serviços essenciais não podem parar”, “Tem que ser assim mesmo, que vergonha”, “Engraçado que o salário dos políticos nunca atrasa, né? Enquanto não nos revoltarmos contra esses políticos, nunca vai mudar.”, “Se o povo tivesse um pouco mais de inteligência, todos se juntariam e levariam os sacos de lixo e jogariam dentro da prefeitura”, entre tantos outros comentários de revolta.