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Trump e sua política externa: ‘Está claro que a China está na mira’, diz especialista
Trump e sua política externa: ‘Está claro que a China está na mira’, diz especialista
Sputnik Brasil
Depois de assumir o cargo de presidente dos EUA, Donald Trump assinou diversas ordens executivas que estabeleceram as bases de seu governo no exterior… 23.01.2025, Sputnik Brasil
2025-01-23T06:28-0300
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O presidente Donald Trump assinou uma série de decretos executivos poucas horas depois de assumir o cargo, delineando algumas das metas de seu governo no país e no exterior. Por exemplo, os EUA foram forçados a se retirar da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris. Isso se soma às repetidas ameaças tarifárias que o novo presidente dos EUA mantém mesmo depois de assumir o cargo, que são direcionadas à China, à Europa e aos parceiros no continente americano. A Europa como instrumento? Em entrevista à Sputnik, Mauricio Alonso Estévez, doutor em Ciências Sociais e mestre em Relações Internacionais pela UAM, afirmou que o segundo mandato de Trump buscará desenvolver o relacionamento dos EUA com os países europeus, priorizando seus interesses. O analista disse que o republicano poderia usar a parceria que tem com os europeus por meio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para pressionar a China. Ele disse que a organização estabeleceu que Pequim representa um dos principais riscos como parte de seus critérios de segurança. “Está claro que a China está na mira”, disse ele. No caso do conflito no enclave palestino, o especialista destacou que Trump reivindicou o acordo de cessar-fogo, deixando completamente de lado o governo Biden, e disse ainda que a relação de seu governo com Tel Aviv continuará sendo relevante para atingir seus objetivos estratégicos e interesses no Oriente Médio. Uma relação complexa Julio Peña Vega, chefe do programa de pós-graduação em Ciências Políticas da FES Acatlán da UNAM, disse à Sputnik que, em relação à possível relação que o governo Trump terá com Pequim, o republicano poderia lidar com isso com certo pragmatismo, no sentido de que não estar completamente apegado a ideologias ou a uma determinada maneira de conduzir a política externa. Ele enfatizou que, apesar da retórica acusando o país asiático de introduzir produtos chineses através do México e do Canadá — bem como a produção de fentanil — a relação entre Washington e Pequim é de “interdependência econômica muito complexa”. O especialista destacou a ligação entre Trump e Xi Jinping, na qual foram discutidas relações bilaterais e até uma possível visita a Pequim. Ele comentou que isso destacou a negociação do republicano com um país que não é fraco, que representa preocupação para ele e uma nação que é economicamente muito competitiva. O especialista estimou que o relacionamento com Pequim poderia “se concentrar fortemente” em componentes eletrônicos, chips e microchips, e smartphones, onde “os Estados Unidos vêm perdendo terreno”. Além de setores como baterias e indústria eletrônica. Devolver o lugar aos EUA? O acadêmico destacou que o presidente Donald Trump tem se pronunciado retoricamente a favor de “repor os Estados Unidos no seu lugar” em matéria econômica, política e militar, no entanto, considerou que o país norte-americano tem vindo a perder a sua hegemonia, o que está afetando a sociedade em questões como emprego, inflação e expansão de grandes indústrias. Peña Vega destacou que atualmente existem vários polos de poder no sistema internacional que se contrapõem aos Estados Unidos e não apenas um, como ocorreu durante a Guerra Fria. Sobre a América Latina, o especialista destacou que há governos que têm afinidade e proximidade política com Trump, como os governos de Javier Milei e Daniel Noboa. Ele considerou que isso é um reflexo do que está acontecendo mundialmente com os movimentos conservadores e nacionalistas, como parte da nova dinâmica do sistema internacional.
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Depois de assumir o cargo de presidente dos EUA, Donald Trump assinou diversas ordens executivas que estabeleceram as bases de seu governo no exterior. Especialistas consultados pela Sputnik acreditam que as relações com a Europa e a China serão marcadas pelo estilo de negociação, com retórica que pode variar da conciliação à pressão.
Publicado em: 2025-01-23 06:28:00 | Autor: |