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Filme de Hector Babenco estreia em plataforma de streaming gratuita

Filme de Hector Babenco estreia em plataforma de streaming gratuita

Em celebração ao aniversário de 79 anos do cineasta Hector Babenco (1946-2016), a plataforma de streaming Itaú Cultural Play recebe nesta sexta-feira (7), o primeiro longa-metragem de Babenco, O rei da noite (1975), em cópia restaurada. Protagonizado por Paulo José e Marília Pêra, o filme se junta a outros clássicos do diretor presentes na plataforma, como Carandiru (2003) e Pixote: a lei do mais fraco (1980). 

A IC Play também recebe hoje dez novos filmes vindos da região Norte do Brasil, que, além de integrarem mostras temáticas já existentes, passam a compor a nova coleção Olhares do Norte.

O acesso à Itaú Cultural Play é gratuito e seu aplicativo está disponível para dispositivos móveis (Android e iOS) e smart TVs da Samsung, LG e Apple TV, e Chromecast. 

Homenagem a Hector Babenco

Nascido na Argentina, mas naturalizado brasileiro ainda na década de 1970, Hector Babenco se tornou um dos maiores cineastas do país e alcançou o sucesso mundial a partir de filmes que mesclam a aspereza do real e o lirismo da poesia no retrato de personagens marginalizados do Brasil.

Exibido agora pela primeira vez na IC Play, seu primeiro longa-metragem, O rei da noite (1975), é uma comédia de costumes, ambientada na década de 1940, em São Paulo. A trama gira em torno de Tertuliano, o Tezinho, um estudante de direito rico, mimado e malandro. Quando sua namorada viaja para a Europa para realizar um tratamento médico, ele, desiludido, cai na boêmia e acaba se envolvendo com outras mulheres, como a cantora de cabaré Pupe. Os papéis principais, de Tezinho e Pupe, foram vividos por dois dos maiores atores brasileiros de todos os tempos, Paulo José e Marília Pêra.

Dois anos depois do filme de estreia, Babenco dirigiu Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977), ficção que o consolidou no cinema da América Latina e alcançou mais de 5 milhões de espectadores, tornando-se um dos filmes mais assistidos da história do cinema brasileiro. Baseado no romance de José Louzeiro, o thriller relembra a trajetória de Lúcio Flávio, um criminoso que ficou conhecido por revelar à imprensa um grande esquema de corrupção policial no Rio de Janeiro, na década de 1970. O título conquistou o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular na primeira edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 1977.

No entanto, foi Pixote: a lei do mais fraco, de 1980, que impulsionou de vez Babenco à carreira internacional. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 1982, o drama também é baseado em um livro de Louzeiro e denuncia a realidade de crianças marginalizadas na capital paulista. O protagonista é Pixote, um menino de 11 anos abandonado pelos pais e que vive em um reformatório. Revoltado com os abusos e negligências que sofre no local, o garoto foge e passa a morar na rua, onde se envolve ainda mais no mundo do crime. Para atribuir mais veracidade à história, Babenco convidou jovens moradores de comunidades de São Paulo para integrar o elenco junto a atores profissionais, como a própria Marília Pêra.

Por fim, a lista de filmes fecha com outro clássico do cinema nacional: Carandiru (2003). Inspirado no livro de memórias Estação Carandiru (1999), de Drauzio Varella, a produção mistura realidade e ficção e retrata o período em que Varella atuou como médico voluntário no presídio, palco de uma das maiores chacinas policiais da história, em 1992. No enredo, o médico, vivido pelo ator Luiz Carlos Vasconcelos, depara-se com o ambiente hostil do Carandiru, onde os prisioneiros sofrem com a violência, a lotação de celas e outras violações de direitos humanos. Com um elenco de estrelas, entre eles Wagner Moura e Aílton Graça, o filme acumula mais de 20 prêmios e uma indicação à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2003.

Novos filmes da região Norte

Chegam também à Itaú Cultural Play dez filmes vindos da região Norte do Brasil, ampliando a presença dessas produções no catálogo. São nove curtas-metragens e um longa-metragem, que exploram temas diversos, como a cultura dos povos originários, a cena da comédia brasileira e a preservação do meio ambiente.

O longa-metragem é O Comedy Club (Tocantins, 2022), de André Araújo, primeira produção tocantinense a ser exibida no circuito nacional. Nele, o espectador conhece Daniel, homem que sai do interior do estado para tentar a vida em São Paulo. Enquanto trabalha como garçom em uma casa de stand-up, ele descobre um talento escondido para a comédia. Obrigado a retornar para sua cidade natal, Daniel decide utilizar o que aprendeu para sobreviver e fazer a diferença no local.

Como o próprio título anuncia, o curta-metragem documental Hélio Melo (São Paulo, 2024), da cineasta Leticia Rheingantz, faz uma imersão poética na obra do artista plástico e escritor acreano que dá nome à produção. Obras de Hélio Melo (1926-2001) — conhecidas por retratar o cotidiano dos seringueiros e denunciar a exploração e a destruição da floresta — sobrepõem-se com retratos do Acre atual, enquanto o ator Chico Diaz narra textos de autoria do artista.

O documentário Sabá (Acre, 2018) também trabalha com histórias de seringueiros. Ele acompanha Sabá Marinho, líder seringueiro de Xapuri, no Acre, que luta há décadas pelos direitos da categoria e que foi, inclusive, companheiro de Chico Mendes, ativista assassinado por fazendeiros em 1988. No curta-metragem, o diretor Sérgio de Carvalho registra Sabá em momentos simples do cotidiano que, intercalados com seus relatos de dor e ativismo, revelam o drama humano por trás de sua trajetória. 

Utopia (Amapá, 2021), por sua vez, expõe a realidade de outra classe comumente explorada na região: os garimpeiros. O filme é uma homenagem da jovem cineasta Rayane Penha a seu pai, que faleceu devido a um acidente de trabalho no garimpo, em 2017.

Primeiro representante paraense a conquistar o prêmio de Melhor Curta na Première Brasil do Festival do Rio, em 2023, Cabana (Pará, 2023) é uma ficção que se passa durante a Cabanagem, revolta popular que aconteceu no Pará em meados do século XIX. O curta-metragem de Adriana de Faria narra o encontro entre duas mulheres integrantes do movimento em uma cabana na Floresta Amazônica, na iminência de serem descobertas pelas autoridades.

Solitude (Amapá, 2021), animação de Tami Martins, acompanha a personagem Sol, uma jovem que, após terminar um relacionamento abusivo, vai em busca de sua sombra, a qual fugiu de sofrimento, para encontrar a paz interior. O filme, que é um marco no audiovisual do estado, foi o primeiro curta-metragem produzido no Amapá com recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine), e no ano de seu lançamento, conquistou o prêmio de Melhor Curta da Première Brasil do Festival do Rio. 

Filmes recordam mitos e costumes das populações da região Norte. Foto: Reprodução

Mergulho na cultura do Norte

Os mitos e os costumes de diferentes populações nortistas são o ponto de partida de quatro filmes que chegam à IC Play. Um deles é Águas que me tocam (Rondônia, 2022), longa selecionado para vários festivais nacionais e que percorre territórios do Amazonas e Rondônia para documentar a relação entre as pessoas com a água, desde os ritos de fé até a luta pela preservação dos rios. A direção é de Juraci Júnior.

A Pedra de Bendegó, maior meteorito que já caiu no Brasil – o fato ocorreu em 1784, na Bahia –, é o mote da animação Kanau’kyba (Roraima, 2021), do artista Gustavo Caboco. Exibido na 34ª Bienal de São Paulo, o curta-metragem se utiliza da conexão do povo Wapichana com as pedras da terra ancestral e as pedras do céu, os meteoritos, para reivindicar a resistência da cultura dessa etnia indígena.

Já em O céu dos índios Desâna e Tuiuca (Amazonas, 2018), o antropólogo Jaime Diákara, da etnia Desâna, nos conduz pelos mistérios da cosmologia indígena, para a qual cada estrela no céu corresponde a um ser humano na Terra. O filme, de Flávia Abtibol e Chicco Moreira, capta o processo de transmissão dessa sabedoria para as novas gerações.

Por fim, em Banho de cavalo (Rondônia, 2015), da dupla Francis Madson e Michele Saraiva, um rapaz à deriva em um barraco abandonado e um cavalo morto evocam a expressão que dá nome ao filme e que, no interior de Rondônia, significa “colocar-se no lugar do outro”. A produção experimental é um exercício puro de imagem e de som realizado por jovens artistas rondonienses.

Serviço

Homenagem a Hector Babenco e dez novos filmes da região Norte

A partir de 7 de janeiro de 2025 na Itaú Cultural Play

Acesse gratuitamente: www.itauculturalplay.com.br

Com Assessoria de Imprensa

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Fonte: tvtnews.com.br

Publicado em: 2025-02-07 18:33:00 | Autor: Raquel Novaes |

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