Surpreendendo o público, e seus próprios associados, o grupo de Afoxé Filhos de Ghandy emitiram um comunicado, juntamente com os itens da fantasia do Carnaval, com um documento informando que apenas pessoas do “sexo masculino cisgênero” poderão fazer parte do bloco este ano.

Segundo o comunicado, “de acordo com o artigo 5º do Estatuto Social, só poderão ingressar na Associação pessoas do sexo masculino cisgênero. Por isso, a venda do passaporte será restrita a esse público”

O posicionamento conservador surpreende vindo de um grupo formado majoritariamente de pessoas negras e adeptas de religiões de matriz africana, como o candomblé, e que sofreu diversas tentativas de repressão, supostamente regidos pelos princípios de não-violência  e paz.

O perfil Dois Terços, no instagram, recebeu diversas denúncias da comunidade LGBTQIA+ , decidindo entrar em contato com o presidente da Associação Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney de Oliveira . Segundo a página, o presidente alegou que “não tinha nada a declarar”, deixando que não haveria nenhuma alteração no comunicado.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade