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Argélia retira embaixadores do Mali, Níger e Burkina Faso após incidente com drone
Argélia retira embaixadores do Mali, Níger e Burkina Faso após incidente com drone
Sputnik Brasil
Um incidente com um drone maliano em 1º de abril desencadeou uma escalada de tensões com a Aliança dos Estados do Sahel. 07.04.2025, Sputnik Brasil
2025-04-07T20:18-0300
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A Argélia retirou nesta segunda-feira (7) seus embaixadores do Mali, Níger e Burkina Faso, que a acusaram o país de abater um drone em território malinês, e chamou de volta seus embaixadores nesses países ou atrasou sua chegada.O país também fechou o espaço aéreo com o Mali para todos os aviões e aeronaves, além de voos comerciais de Argel para Bamako. Em resposta, Mali também fechou o espaço aéreo nacional e chamou de volta seu embaixador em Argel.Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores, a Argélia rejeitou as “graves acusações” feitas pelo Mali, que alega ter derrubado um de seus drones sobre território malinês.Segundo Argel, dados de radar do Ministério da Defesa “estabelecem claramente a violação do espaço aéreo argelino” por um drone de reconhecimento do Mali.O Ministério da Defesa Nacional da Argélia anunciou em 1º de abril que havia abatido “por volta da meia-noite, perto da cidade fronteiriça de Tin-Zaouatine, um drone de reconhecimento armado que havia entrado em nosso espaço aéreo”, disse a nota ao afirmar que não era a primeira violação do espaço aéreo argelino por um drone malinês.Já Bamako afirmou que uma investigação “concluiu com absoluta certeza que o drone foi destruído após uma ação hostil premeditada do regime argelino”.Como resultado, os chefes de Estado da Aliança dos Estados do Sahel (AES), que incluem Mali, Níger e Burkina, decidiram convocar para consultas os embaixadores dos Estados-membros em Argel.De acordo com o governo do Mali, os destroços do drone estavam localizados 9,5 km ao sul da fronteira com a Argélia. A junta maliense anunciou a retirada do Comitê de Chefes de Estado-Maior Conjunto (CEMOC), sediado na Argélia, aliança das forças armadas do Sahel contra o terrorismo. Também adiantou que fará uma queixa aos órgãos internacionais “por atos de agressão”.Os dois países têm vivido tensões diplomáticas há meses e em dezembro de 2023 já haviam feito convocação mútua dos respectivos embaixadores por cerca de dois meses. Em janeiro de 2024, a junta maliense anunciou o “fim, com efeito imediato”, do acordo de paz de Argel, assinado em 2015.Desde 2012, o Mali enfrenta crise de segurança alimentar pela violência de grupos afiliados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico (EI), além de gangues locais. Desde que assumiu o poder em 2020, a junta também rompeu a antiga aliança com a França e a Europa.Ontem (6), ministro das Relações Exteriores do Mali, Abdoulaye Diop, acusou a Ucrânia de representar uma ameaça à segurança no continente africano e classificou o país como um “ator irresponsável”. Ele se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Ele também enfatizou que Moscou vai ajudar os Estados do Sahel a aumentarem suas capacidades de combate.”Ressaltei a disposição de Moscou de contribuir de todas as maneiras possíveis para fortalecer as capacidades das forças conjuntas dos Estados do Sahel, aumentando a capacidade de combate dessas tropas e das Forças Armadas nacionais de cada um dos três países, bem como treinando soldados e policiais”, enfatizou.
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Um incidente com um drone maliano em 1º de abril desencadeou uma escalada de tensões com a Aliança dos Estados do Sahel.
A Argélia retirou nesta segunda-feira (7) seus embaixadores do Mali, Níger e Burkina Faso, que a acusaram o país de abater um drone em território malinês, e chamou de volta seus embaixadores nesses países ou atrasou sua chegada.
O país também fechou o espaço aéreo com o Mali para todos os aviões e aeronaves, além de voos comerciais de Argel para Bamako. Em resposta, Mali também fechou o espaço aéreo nacional e chamou de volta seu embaixador em Argel.
Segundo Argel, dados de radar do Ministério da Defesa “estabelecem claramente a violação do espaço aéreo argelino” por um drone de reconhecimento do Mali.
“As falsas alegações de Bamako escondem de forma muito imperfeita a busca por saídas e desvios do fracasso manifesto de um projeto golpista que prendeu o Mali em uma espiral de insegurança, instabilidade, desolação e miséria”, criticou em comunicado à o governo da Argélia.
O Ministério da Defesa Nacional da Argélia anunciou em 1º de abril que havia abatido “por volta da meia-noite, perto da cidade fronteiriça de Tin-Zaouatine, um drone de reconhecimento armado que havia entrado em nosso espaço aéreo”, disse a nota ao afirmar que não era a primeira violação do espaço aéreo argelino por um drone malinês.
Já Bamako afirmou que uma investigação “concluiu com absoluta certeza que o drone foi destruído após uma ação hostil premeditada do regime argelino”.
Como resultado, os chefes de Estado da Aliança dos Estados do Sahel (AES), que incluem Mali, Níger e Burkina, decidiram convocar para consultas os embaixadores dos Estados-membros em Argel.
De acordo com o governo do Mali, os destroços do drone estavam localizados 9,5 km ao sul da fronteira com a Argélia.
Os dois países têm vivido tensões diplomáticas há meses e em dezembro de 2023 já haviam feito convocação mútua dos respectivos embaixadores por cerca de dois meses. Em janeiro de 2024, a junta maliense anunciou o “fim, com efeito imediato”, do acordo de paz de Argel, assinado em 2015.
Desde 2012, o Mali enfrenta crise de segurança alimentar pela violência de grupos afiliados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico (EI), além de gangues locais. Desde que assumiu o poder em 2020, a junta também rompeu a antiga aliança com a França e a Europa.
Publicado em: 2025-04-07 20:18:00 | Autor: |