Um jato da Boeing que voava em direção à China retornou aos aos Estados Unidos nesta 6ª feira (18.abr.2025), segundo dados de rastreamento de voos na Flightradar24, divulgados pela Reuters. 

O avião, modelo 737 MAX, havia sido enviado para a unidade da fabricante norte-americana em Zhoushan, no leste da China, onde passaria pelos ajustes finais de acabamento antes da entrega a uma companhia aérea chinesa. 

A devolução para a base da Boeing em Seattle (EUA) se dá no cenário de escalada de tensões comerciais entre os EUA e a China. O episódio indica o aumento das incertezas nas operações da empresa no país asiático depois de Pequim sinalizar a suspensão de negócios com a fabricante norte-americana.

Na 3ª feira (15.abr), autoridades chinesas instruíram companhias aéreas locais a não adquirirem novos aviões da Boeing. A orientação inclui também a suspensão de compras de peças e equipamentos de empresas dos EUA.

A medida seria uma retaliação às tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump (republicano) no início do mês de abril.

A postura do governo chinês tem favorecido indiretamente concorrentes da Boeing. Questionado sobre a possível suspensão das compras da fabricante norte-americana, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, evitou confirmar a decisão, mas elogiou a brasileira Embraer, dizendo que o Brasil é “uma grande potência aeronáutica”.

A Boeing ainda não se manifestou sobre o ocorrido. O Poder360 também entrou em contato com empresa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.