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Politica

Feira do MST celebra 10 anos com variedade histórica de produção

Feira do MST celebra 10 anos com variedade histórica de produção

Por Mariana Castro/Equipe de texto da 5ª Feira da Reforma Agrária
Da Página do MST

A Feira Nacional da Reforma Agrária celebrou sua 5ª edição em 2025, marcando os 10 anos desta iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Consolidada no calendário cultural de São Paulo, a feira atrai um público fiel com sua diversidade de produtos da Reforma Agrária, ações de solidariedade, comidas típicas, espaços de formação e uma intensa programação cultural.

Este ano a Feira superou as expectativas com a maior variedade de produtos já apresentada à população, com uma estimativa de 1.920 tipos, desde fitoterápicos produzidos a partir de plantas orgânicas até doces e polpas de frutas agroindustrializadas por meio de cooperativas da Reforma Agrária em todo o país.  

Iniciada em 2015, a Feira já compõe o calendário cultural de São Paulo e este ano de 2025 garantiu um público estimado de mais 300 mil pessoas, durante os quatro dias de evento.

A Feira Nacional expressa tudo o que o MST quer construir e acredita de uma nova sociedade; do cultivar, cuidar, desde o alimento que vem de cada canto desse país até a nossa forma de receber cada um e cada uma que passa na feira. São mais de 2 mil Sem Terras dos 24 estados brasileiros, das nossas cinco regiões, que vieram construir esse espaço

– Bárbara Loureiro, direção nacional do MST

Sob o lema “Agroecologia: produzir alimentos e enfrentar a crise climática” a Feira Nacional cumpre um papel fundamental no fortalecimento do debate sobre propostas de políticas públicas para um projeto de sociedade com respeito ao meio ambiente, vida digna aos trabalhadores e trabalhadoras, além da produção de alimentos saudáveis e combate à fome.

“A Feira vem mostrar as propostas concretas e reais do Movimento Sem Terra para enfrentar duas grandes mazelas que atingem o povo brasileiro que é a fome e a crise climática e construindo como um lugar de soluções não só para o povo Sem Terra, mas para todo o povo brasileiro”, explica Bárbara Loureiro, da direção nacional do MST.

Alimentação, solidariedade, educação, arte e cultura

Para além da feira de produtos, entre a programação foram realizados grandes atos como o “Ato MST Cultivando a Solidariedade”, com a doação de 25 toneladas de alimentos para organizações populares de São Paulo, além das doações com o excedente da feira, alcançou o índice de 40 toneladas de alimentos doadas a entidades parceiras para o combate à fome.

Outro importante espaço de articulação para o fortalecimento da Reforma Agrária foi o “Café com Parlamentares”, que reuniu 60 parlamentares de diversos estados que reiteraram apoio ao movimento, bem como à Reforma Agrária Popular e na defesa do desenvolvimento social e econômico do país.

No último dia da Feira, o “Ato Internacionalista” reuniu representantes de Cuba, Palestina, República Árabe Saaraui Democrática e Venezuela, que destacaram a trajetória de resistência em seus territórios contra opressões externas e reafirmaram a parceria com o MST na luta por soberania.

Além disso, o espaço “Café Literário” recebeu grandes nomes que fortalecem a luta por Reforma Agrária como o jornalista Leonardo Sakamoto e foram realizados, ao longo dos dias, 28 seminários e oficinas, a apresentação das iniciativas de 180 cooperativas e a oferta de 143 tipos de pratos no espaço “Culinária da Terra”, que apresentou a diversidade cultural dos diversos estados do Brasil.

Ao longo dos quatro dias, desde coletivos de cultura até grandes artistas declararam apoio ao MST. Foto: Priscila Ramos

No campo da arte e cultura, o público foi agraciado com a participação de 357 artistas, contemplando a diversidade cultura brasileira e os ritmos que foram desde a viola pantaneira até o rap, reforçando a cultura enquanto direito humano essencial à vida humana.

Com a realização da 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária e a celebração dos 10 anos da iniciativa, o MST consagra o espaço como uma amostra concreta de que a Reforma Agrária Popular é uma alternativa real de produzir alimentos saudáveis, gerar renda ao povo do campo, alimentar as cidades e garantir vida digna ao povo brasileiro.

Balanço em dados:

Espaço da Feira:
Quantidade de alimentos: 580 toneladas
Diversidade de produtos: 1920 tipos
Doação de alimentos: 40 toneladas
Cooperativas: 180
Produtos lançados: 11


Espaço Culinária da Terra:

Cozinhas: 23 estados
Diversidade de pratos: 143 opções

Espaço Agroecológico:
Sementes: 970kg
Mudas: 12 mil mudas de 6 biomas
Máquinas em exposição: 7
Escolas e experiências em agroecologia: 10

Programação de arte e cultura:
Seminários e oficinas: 28
Grupos artísticos: 42
Número de artistas: 357

Fonte: midianinja.org

Publicado em: 2025-05-12 18:21:00 | Autor: <span>Movimento Sem Terra</span> |

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