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‘Propriedade fundamental do cérebro’: avanço tecnológico é salvação ou perigo para memória humana?
‘Propriedade fundamental do cérebro’: avanço tecnológico é salvação ou perigo para memória humana?
Sputnik Brasil
Aumentar a capacidade da memória abre a porta para grandes mudanças e novas possibilidades, relata no portal Nauchnaya Rossiya (Rússia Científica) o… 24.05.2025, Sputnik Brasil
2025-05-24T08:52-0300
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Além de estudar as doenças do cérebro e sistema nervoso central para encontrar a maneira mais eficaz de tratá-las, o Centro Científico de Neurologia da Academia de Ciências da Rússia dedica-se ao estudo da memória humana e dos limites de suas capacidades, aponta Mikhail Piradov, o diretor da instituição.Os cientistas do centro conseguiram aumentar a capacidade da memória de trabalho entre 20 e 25% através de manipulações dirigidas a uma parte específica do cérebro, destaca ele. No entanto, Piradov precisa que este efeito dure apenas algumas semanas. O plano é aumentar gradualmente esse período de retenção de memória, explicou.Entre essas possibilidades, a mais importante é uma aprendizagem rápida de informações e habilidades, o que permitirá se formar mais rápido na escola ou na universidade, e até mesmo adquirir novas profissões, como pilotagem ou cirurgia.Memória humana tem limites? Na opinião do neurocientista, a memória quase não tem limites. “O recorde mundial de memória decimal do número pi [3,14…] é de 23.000 ou 28.000 decimais. Existem pessoas capazes de indicar esses números na ordem correta”, diz Piradov.Essas pessoas são chamadas de savant (síndrome de savant). Uma determinada área do cérebro delas, a chamada ilha de genialidade, está incrivelmente desenvolvida, mas geralmente às custas de outras habilidades.Desenvolvendo não só as tecnologias digitais, mas também a nós própriosAlém de permitir avanços e grandes descobertas na medicina e na ciência em geral, as novas tecnologias também têm efeitos prejudiciais, destaca o médico.Segundo ele, as pessoas se cercam a cada ano de mais comodidades, trocam a contagem verbal por calculadoras e substituem sua própria memória pelo armazenamento de informações em telefones ou computadores. Estes muitos confortos são muito relaxantes para o nosso cérebro, considera ele.Ao mesmo tempo, o campo de informação em que as pessoas vivem é cada vez mais amplo. A informação nos rodeia por toda parte, mas já não a analisamos e processamos, mas “simplesmente absorvemos”.Portanto, neste contexto de avanço tecnológico, também é necessário potencializar a própria inteligência, conclui Piradov.
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Aumentar a capacidade da memória abre a porta para grandes mudanças e novas possibilidades, relata no portal Nauchnaya Rossiya (Rússia Científica) o neurocientista Mikhail Piradov. O artigo explica como a tecnologia moderna torna isso possível e quais os perigos que envolve.
Os cientistas do centro conseguiram aumentar a capacidade da memória de trabalho entre 20 e 25% através de manipulações dirigidas a uma parte específica do cérebro, destaca ele. No entanto, Piradov precisa que este efeito dure apenas algumas semanas. O plano é aumentar gradualmente esse período de retenção de memória, explicou.
“A memória é uma das propriedades fundamentais, se não a fundamental, do cérebro. Aumentar o volume de memória abre possibilidades completamente diferentes para a humanidade, para a civilização”, realça o cientista.
Memória humana tem limites?
Na opinião do neurocientista, a memória quase não tem limites. “O recorde mundial de memória decimal do número pi [3,14…] é de 23.000 ou 28.000 decimais. Existem pessoas capazes de indicar esses números na ordem correta”, diz Piradov.
Essas pessoas são chamadas de savant (síndrome de savant). Uma determinada área do cérebro delas, a chamada ilha de genialidade, está incrivelmente desenvolvida, mas geralmente às custas de outras habilidades.
“Os savants podem te dizer a data e que dia da semana é em qualquer ano, mesmo em 2156. Eles têm uma habilidade matemática extraordinária, mas na vida cotidiana são crianças. Nível secundário”, detalha o especialista.
31 de dezembro 2024, 08:41
Desenvolvendo não só as tecnologias digitais, mas também a nós próprios
Além de permitir avanços e grandes descobertas na medicina e na ciência em geral, as novas tecnologias também têm efeitos prejudiciais, destaca o médico.
Ao mesmo tempo, o campo de informação em que as pessoas vivem é cada vez mais amplo. A informação nos rodeia por toda parte, mas já não a analisamos e processamos, mas “simplesmente absorvemos”.
“Mas o que espera a civilização? Provavelmente nada de particularmente bom se continuarmos por este caminho”, adverte o cientista.
Portanto, neste contexto de avanço tecnológico, também é necessário potencializar a própria inteligência, conclui Piradov.
Publicado em: 2025-05-24 08:52:00 | Autor: |