Eram pouco mais de 20h de domingo, dia 15, quando o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, recebeu um telefonema de Jilmar Tatto, que concorreu ao cargo pelo PT. Tatto ligou para empenhar apoio a Boulos e colocou a máquina do PT, com grande capilaridade na periferia, à disposição do líder do MTST. Era o primeiro passo para consolidar a estratégia usada por Boulos nos últimos 15 dias de campanha: dar à candidatura o caráter de uma frente antibolsonarista.
“A gente precisou dialogar com mais setores, então abrimos o segundo turno criando uma frente de esquerda e centro-esquerda para ampliar a mobilização e fomos conversar com setores como os evangélicos, pequenos comerciantes”, disse Josué Rocha, coordenador da campanha. Além do PT, a campanha recebeu apoio de PCdoB, PDT, PSB e Rede.
A frente ajudou a campanha a solucionar um problema: como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, amigo e aliado de Boulos, seria apresentado sem que os adversários explorassem com eficácia o antipetismo contra o candidato do PSOL. A saída foi diluir a participação de Lula nos programas de TV. CONTINUAR LENDO