César Gordin usou as redes sociais para afirmar que se sentiu fraudado com supostas candidaturas laranjas
Depois de a Justiça dar prosseguimento a pelo menos três ações de investigação judicial eleitoral sobre supostas candidaturas laranjas femininas do PROS na disputa à Câmara Municipal de Belo Horizonte, o ex-vereador César Gordin, que ficou como primeiro suplente da legenda nas eleições de 2020, afirmou que vai acionar o partido na Justiça. Em um desabafo pelas redes sociais, Gordin disse que sentiu fraudado e disparou contra as supostas candidaturas laranjas.
“Foram noticiadas as irregularidades na chapa que fui candidato pelo partido PROS, irregularidades que, para quem perdeu a eleição por 210 votos, ficando como primeiro suplente, saiu caro. Lutei muito para ser eleito! Quando recebi o convite para compor a chapa, existia a real possibilidade do partido fazer duas cadeiras e não fez por 900 votos. Agora, começo a entender porque não fez, se as candidatas fossem reais, certamente a realidade seria outra. Infelizmente ainda existe a política do benefício próprio, e temos que lutar para acabar com isso”, afirmou Gordin.
O ex-parlamentar lembrou que o slogan da campanha dele foi “na luta pelo certo” e que vai se manter na defesa do que considera “certo, honesto e justo, assim como tudo que fiz em minha vida”. “A minha campanha sequer usou recurso do fundo partidário, não tive qualquer apoio do partido e também me sinto fraudado. Sigo com minhas convicções e conto com todos. A luta agora é na Justiça, que ainda confiamos. Que seja feita justiça o quanto antes”, concluiu.
Em contato com a reportagem, César Gordin afirmou que vai entrar na Justiça porque foi quem “mais ficou no prejuízo” e que pelo o que mostra as denúncias, as supostas candidaturas laranjas têm ligações com o vereador eleito Wesley AutoEscola. Questionado se há algum desentendimento entre ele e o colega eleito, Gordin negou e ressaltou que fez a postagem para se defender de que “não era todo mundo que estava na chapa do partido que estava errado”.
A reportagem procurou a direção do PROS, mas não teve resposta. O vereador Wesley AutoEscola considerou as denúncias como absurdas e que não possuem nenhum indício de fraude eleitoral.