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Com queda na arrecadação, Cruzeiro começa o ano tendo que rever despesas

A dívida acumulada do clube ultrapassa R$1 bilhão, segundo balanço trimestral divulgado na última semana

Apesar de o técnico Luiz Felipe Scolari ter solicitado pelo menos cinco reforços mais experientes para 2021, o Cruzeiro precisará readequar as finanças para a próxima temporada. Dono da maior folha de pagamento da série B (R$57,6 milhões), o clube, que ocupa a 11°colocação da competição e está praticamente fora do acesso, acumula uma dívida que ultrapassa R$1 bilhão (número que deve diminuir no próximo balancete), segundo balanço trimestral divulgado semana passada.

O documento assinado pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues e também por Matheus Rocha, responsável pela controladoria e finanças, mostra que de setembro a janeiro – período de análise – o resultado negativo do clube chegou a R$ 343 milhões.

Em entrevista coletiva, o recém-chegado diretor-executivo André Mazzuco disse que esse assunto especificamente ainda não foi tratado, mas ele considera normal o clube possuir uma folha de pagamento alta no ano seguinte do rebaixamento. 

“Nós não iniciamos ainda uma conversa específica sobre as ações que vamos tomar. Estamos buscando identificar os porquês dessa temporada que se finaliza. Mas, ao mesmo tempo, fala-se sempre na folha alta. A gente tem que lembrar que o clube quando cai da Série A para a B vai herdar contratos longos com valores muito altos. Isso é natural, não se pode fazer uma crítica em cima de uma folha salarial, pois o clube não pode simplesmente: ‘olha, caímos para a Série B, agora encerra esse contrato, pois é muito alto’. É uma questão muito difícil, que requer habilidade para lidar”, afirmou o diretor.

Em 2020, o clube já procurou por soluções, como repactuar os vencimentos do goleiro Fábio, dos zagueiros Léo e Manoel e do volante Henrique, jogadores que recebiam salário superior a R$ 150 mil. Além disso, o clube liberou alguns atletas, o que causou redução nos encargos trabalhistas.

Agora em 2021, o clube ainda enfrenta outro problema: com a permanência na série B do Campeonato Brasileiro, não poderá contar com resquícios da arrecadação da série A, que foi de R$289 milhões em 2019.

“O Cruzeiro buscou alternativas para minimizar, porque realmente não é uma situação simples. Agora vamos para uma segunda temporada na Série B, que requer uma adequação maior. Você não tem resquício de receita do ano anterior, então é um trabalho que o departamento de futebol terá de desenvolver para minimizar, ser eficiente nas contratações e trazer um equilíbrio maior junto ao desenvolvimento da equipe para esta temporada”, pontuou André Mazzuco.

Em comparação com o mesmo período de 2019, a queda da arrecadação em 2020 foi de R$ 153 milhões. Um dos fatores que motivaram essa diminuição foi o direito de transmissão. O faturamento que era próximo a R$ 77 milhões passou a quase R$ 22 milhões. O clube ainda cita a queda expressiva das bilheterias de jogos e clubes sociais em função da pandemia. 

Por outro lado, o técnico Luiz Felipe Scolari já se pronunciou e afirmou não ser possível jogar a série B com um elenco formado com tantos jogadores da base e pediu para a atual diretoria mais cinco reforços para a próxima temporada. Logo após o término do jogo contra o Sampaio Corrêa, na última sexta-feira, o técnico chegou a falar sobre o assunto. 

“(Vamos) Colocar uma série de nomes para contratações, três, quatro, cinco nomes para contratações neste ano. Como é que vamos fazer uma pré-temporada, ou seja, uma série de coisas, e ouvir dele o que é que ele (Mazzuco) tem a nos dizer. Depois nós vamos, aos poucos, nos adaptando, conversando até o fim do campeonato para ver o que vai acontecer”, disse vinculado à Raposa até o fim de 2022. 

Felipão ainda afirmou que vai se sentar com o novo diretor-executivo para debater essas questões. A reunião deve ocorrer nesta segunda-feira (11). 

“Eu tenho que primeiro me encontrar com o Mazzuco para a gente sentar, definir algumas situações que eu estou vivendo dentro do Cruzeiro, que o Cruzeiro vive atualmente, situações que ele como diretor de futebol vai ter que dar uma segurança muito maior a uma série de perguntas que a gente vai fazer a ele”, declarou. (Com Josias Pereira)

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