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Eleição CBV: “o vôlei não quer mais esse tipo de palhaçada”, diz oposição

A chapa Tradição, grupo que comanda o vôlei há 45 anos venceu a eleição por 151 votos contra 96 da chapa de oposição, Renova vôlei

A eleição realizada na manhã deste domingo (10) na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), elegeu Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, no cargo desde 2013, e como vice, Radamés Lattari . A chapa da oposição, não concorda com a vitória do grupo que está há 45 anos no comando da CBV e afirma que representantes foram ameaçados a votarem na chapa Tradição.

“Parabéns à chapa vencedora. Gostaria que o processo fosse aprimorado, porque vocês tiveram aqui o exemplo, sobretudo os atletas, todas as manobras possíveis e imagináveis que se faz numa assembleia. Começamos nossa campanha com apoio de duas chapas e um atleta olímpico, o Rodrigão. Chegamos a ter nove, dez apoios, até chegarmos aqui e todas as manobras foram feitas. Foram colocados hotéis diferentes, foram colocadas pressões nos atletas que eu peço desculpa, porque todos eles foram pressionados, ameaçados de desfiliação estaduais, ameaças  de não ter passagem pra viajar, empregos de atletas foram ameaçados”, pontuou Túlio Teixeira, vice-presidente da FMV, que tentou a candidatura à presidência.

Tulio completou ainda, falando sobre uma possível ameaça recebida por representantes das federações para votarem na chapa da situação

“Nós conduzimos a campanha com toda integridade possível. Eu queria fazer o seguinte: Radamés, você disse que dorme com tranquilidade, eu acho que você não vai dormir mais não, pelo que eu ouvi aqui no final. Os  presidentes receberam pressões absurdas”, completou.

Em dezembro, a chapa Renova Vôlei entrou com representação na Justiça para impedir que a atual gestão, caso ganhasse a eleição, tomasse posse. Este foi o principal argumento usado por Túlio para tentar convencer os presidentes de federações, principalmente as dos Estados do Norte e Nordeste, que têm forte vínculo com Toroca.

Túlio afirma que cargos dentro de comissões da CBV são ocupados por presidentes de federações e não por pessoas externas e isentas. Toroca e Radamés, se tiverem o mandato cassado após a possível reeleição, podem ter que devolver todo o dinheiro público recebido a partir de 2021.

“Estamos mudando. Tamo na guerra. Essa eleição está sub júdice. Ele (Toroca) não poderia concorrer e o juiz vai decidir, tomara que o Ministério continue dando dinheiro pro vôlei e que os advogados paguem o que falaram, respondam com o patrimônio deles, se estão garantindo que o dinheiro vai vir. O vôlei não quer mais esse tipo de palhaçada”, finalizou Túlio.

Sem se manifestar diretamente sobre as acusações de Túlio, o vice-presidente eleito da CBV, Radamés Lattari, frisou a transparência do processo eleitoral.

“Eu gostaria de parabenizar pela excelente demonstração de democracia que vivemos aqui hoje, onde todos puderam exercer o seu direito de voto. A CBV foi a primeira confederação a incluir na sua assembleia eleitoral os atletas e clubes votando e continuaram cada vez evoluindo mais. Tudo foi feito de forma transparente. Tudo que foi feito aqui hoje foi acertado na assembleia de um ano atrás. Há seis meses todo mundo sabia quem poderia votar. Tudo foi feito da forma mais democrática possível”, afirmou o vice-presidente.

Radamés afirmou também, após a divulgação do resultado, que também foi “traído” por alguns votantes, mas que entende que faz parte da pressão do processo.

“Gostaria de dizer que, pressões numa eleição tem de todos os lados. Se vocês olharem o meu Whatsapp aqui, tá cheio de gente pedindo desculpa, porque tinha assumido compromisso, mas, diante da pressão, trocou, então, eu peço que todos entendam que, no momento de uma eleição é sempre tenso, mas que, a partir de amanhã, nós todos juntos, temos que tocar pra frente o voleibol brasileiro, nenhum esporte é tão vitorioso quanto o nosso”, comentou Radamés Lattari.

O vice-presidente eleito da CBV comentou sobre a importância de ter uma chapa de oposição pela primeira vez após 45 anos e disse que vai dar continuidade ao seu trabalho na confederação já a partir de segunda-feira (11), agora como vice.

“Assim como o Túlio, que deve tá chateado, eu também tô chateado com muita gente. Poderia aqui dizer um monte de coisas, mas não é o momento. O momento é de alegria pra minha chapa e eu espero que a outra chapa tenha tido a oportunidade de fazer um belíssimo trabalho. Foi um movimento que não existia no vôlei brasileiro e acho que, com todas as diferenças, a partir de amanhã a gente venha somar para que o voleibol brasileiro continue sendo esse esporte que é o número um do país”, afirmou Lattari.

 

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