Por quatro décadas a vida da professora Elaine Casagrande, 63, girou em torno do Barquinho de Papel, escola fundada por ela em 1980, em Belo Horizonte (MG). “Eu casei, eu trabalhava na escola. Eu tive os meus três filhos, eu trabalhava na escola. Em todos esses anos passamos muitas dificuldades, mas todas superáveis”, lembra Elaine.
A instituição era modesta: atendia cerca de 50 alunos de 1 a 5 anos em um bairro de classe média da capital mineira. Foi uma das quase três mil escolas infantis que tiveram de fechar suas portas em 2020 por causa da pandemia, segundo dados da Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep).
De acordo com o presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira, quase metade das instituições privadas de ensino do Brasil são pequenas escolas de educação infantil, com menos de 300 alunos e foram as maiores vítimas da pandemia “A escola de educação infantil de zero a 3 anos perdeu praticamente 100% dos contratos, ou seja, algo como um milhão e 300 mil contratos. Foram duas mil pequenas empresárias, nessa área a maioria é mulher, que dedicaram em média mais de 20 anos de trabalho, e agora desanimaram.”
A história completa da Elaine Casagrande você escuta no Folha na Sala desta semana. Esse episódio é parte de uma série especial que ouve os relatos de professores de como está sendo ensinar durante a pandemia.
O Folha na Sala é uma parceria da Folha com o Itaú Social. O programa é apresentado pelos jornalistas Ricardo Ampudia e Juliana Deodoro. A coordenação é de Fábio Takahashi e Magê Flores. A edição de som é de Stefano Maccarini.
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