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Ana Júlia Ribeiro: “A luta por um ensino de qualidade está só no começo”

Foto: Carta Capital
Da tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, uma jovem franzina assume o microfone e enfrenta com invejável desassombro uma plateia de vetustos engravatados. “De quem é a escola? A quem pertence a escola?”, pergunta a garota, com a voz ainda embargada, enquanto cita o inciso 6º do artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente, a garantir aos menores o direito de participar da vida política. “Acredito que todos aqui já saibam a resposta. E é com a confiança de que vocês conhecem essa resposta que eu falo da legitimidade desse movimento.”
Iniciava-se naquele momento um dos mais marcantes discursos de 2016, visto por milhões de brasileiros, a partir de vídeos replicados nas redes sociais. Personagem-símbolo do movimento estudantil que ocupou mais de mil escolas pelo País, Ana Júlia Ribeiro, de 16 anos, emprestou voz e corpo à rebelião dos estudantes secundaristas contra a sorrateira reforma do Ensino Médio, proposta pelo governo Temer sem qualquer consulta, e contra o congelamento dos gastos sociais por 20 anos.
Encerrada a jornada de ocupações, a jovem ficou com a agenda tomada por aulas de reposição, mas reservou um horário na tarde de um sábado para conversar com CartaCapitalReafirmou as razões que levaram os estudantes a se insurgirem contra as mudanças, criticou a censura implícita na proposta da Escola Sem Partido e conclamou os colegas a não esmorecer diante de eventuais derrotas no Legislativo. “Não podemos lavar as mãos. A luta por um ensino de qualidade está só no começo.” (CARTA CAPITAL)
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