O Brasil surpreendeu ao registrar em abril de 2025 o melhor desempenho na geração de empregos formais para este mês desde que o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) começou a ser compilado, em 2020.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o país criou 257.528 vagas com carteira assinada em abril, alcançando um saldo positivo em todas as 27 unidades federativas e em todos os quatro setores econômicos analisados.
Este resultado mostra que o Brasil pode estar retomando seu protagonismo na economia nacional, mesmo em um cenário global de incertezas.
No acumulado dos primeiros quatro meses de 2025, o país gerou 922.362 novas vagas formais, consolidando uma tendência positiva que se estende ao longo do último ano.
Nos 12 meses encerrados em abril de 2025, o saldo de empregos com carteira assinada alcançou a marca expressiva de 1,6 milhão de novas vagas, refletindo um ambiente favorável para o mercado de trabalho brasileiro, conforme divulgado na tarde de 28 de maio pelo ministro Luiz Marinho.
Marco histórico de 48 milhões de vínculos formais
O desempenho de abril contou com 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos, o que resultou no saldo positivo de 257 mil vagas.
Com esses números, o Brasil ultrapassou pela primeira vez em sua história o marco de 48 milhões de vínculos ativos com carteira assinada, segundo o Ministério do Trabalho.
Esse indicador é fundamental para medir a saúde do mercado formal, que influencia diretamente a arrecadação previdenciária e o consumo interno, reforçando a importância do emprego formal na recuperação econômica.
Setor de serviços lidera criação de empregos
Entre os setores econômicos, o destaque foi o setor de serviços, que respondeu pela maior parte da geração de empregos em abril, com 136.109 novas vagas formais, o que corresponde a um crescimento de 0,58% em relação ao total de vínculos existentes.
Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas atividades de informação, comunicação, finanças, imóveis, serviços profissionais e administrativos, que, juntos, criaram 52.446 vagas no mês.
O setor de comércio também teve papel importante, gerando 48.040 novos postos de trabalho (0,45% de crescimento).
A indústria criou 35.068 vagas (0,39%), enquanto a construção civil apresentou um crescimento expressivo de 1,16%, com 34.295 novas vagas.
A agropecuária, apesar de menor em volume, não ficou de fora, somando 4.025 novas contratações, o que representou aumento de 0,22% no setor.
Destaques regionais da geração de empregos
No âmbito regional, São Paulo liderou a criação de vagas em abril, com um saldo positivo de 72.283 postos de trabalho, seguido por Minas Gerais, com 29.083 novas vagas, e Rio de Janeiro, que gerou 20.031 empregos formais.
Por outro lado, ao considerar a variação relativa, os estados que mais se destacaram foram Espírito Santo (+0,93%), Goiás (+0,91%) e Piauí (+0,88%), que superaram a média nacional de crescimento no emprego formal.
Esse crescimento uniforme em diferentes regiões demonstra a expansão da atividade econômica em todo o território brasileiro.
Salários têm aumento real
Outro ponto positivo divulgado foi o aumento do salário médio real de admissão.
Em abril, o valor chegou a R$ 2.251,81, o que representa uma alta de R$ 15,96 (0,71%) em comparação com março, quando o salário médio foi de R$ 2.235,85.
Na comparação anual, o crescimento real foi de R$ 6,62, um avanço de 0,28% em relação a abril de 2024.
Esses números indicam não apenas maior quantidade de empregos, mas também uma melhora na qualidade das contratações, com salários mais atrativos, algo essencial para a valorização do trabalhador e para o estímulo ao consumo.
Panorama do mercado de trabalho no primeiro quadrimestre
No acumulado de janeiro a abril, todos os cinco grandes grupos de atividade econômica apresentaram saldos positivos.
O setor de serviços lidera, com a criação de 504.571 vagas formais (alta de 2,19%).
Em seguida, a indústria gerou 190.477 postos (+2,13%), demonstrando recuperação após períodos de desafios econômicos.
A construção civil manteve forte desempenho, com 135.202 novas vagas no período, representando crescimento de 4,73%.
A agropecuária somou 55.605 empregos (alta de 3,09%) e o comércio acrescentou 36.523 postos (0,35%).
Esses números confirmam que a recuperação do mercado formal é sólida e abrangente, alcançando diversos setores e regiões do país.
Fatores que impulsionam o mercado formal
Segundo especialistas em economia, a criação recorde de empregos formais está ligada a uma combinação de fatores.
Entre eles, destaca-se a recuperação gradual da economia brasileira, o aumento da confiança dos empresários e investidores, e políticas públicas de incentivo à geração de emprego e qualificação profissional.
Além disso, a melhora do cenário internacional, mesmo com desafios como a alta da inflação em algumas regiões, contribui para o aumento das exportações e investimentos no país.
O avanço da digitalização e dos serviços também tem papel crucial nesse crescimento.
Setores como tecnologia da informação, finanças e serviços profissionais têm gerado empregos qualificados, que demandam mão de obra especializada e elevam o padrão salarial.
Desafios futuros para manter o ritmo de crescimento
Apesar dos resultados animadores, economistas alertam para a necessidade de atenção a desafios estruturais que ainda podem afetar o mercado de trabalho brasileiro.
Entre esses desafios estão a necessidade de melhorar a educação e capacitação profissional, a modernização das leis trabalhistas para maior flexibilidade e proteção, e o combate à informalidade, que ainda afeta uma parcela significativa da população.
Além disso, a economia global permanece sujeita a riscos como a volatilidade dos mercados financeiros e pressões inflacionárias, que podem impactar diretamente a geração de emprego.
Perspectivas para o restante de 2025
O cenário atual reforça a expectativa positiva para a manutenção da geração de empregos formais ao longo de 2025.
Com o ritmo de criação de vagas dos primeiros meses, o Brasil deve continuar ampliando sua base de trabalhadores com carteira assinada e elevando a qualidade dos empregos.
O fortalecimento dos setores de serviços e indústria deve continuar sendo a base do crescimento, com a construção civil e agropecuária acompanhando o ritmo.
Segundo o ministro Luiz Marinho, esses dados indicam que o país está no caminho certo para reduzir o desemprego estrutural e promover inclusão social por meio do trabalho formal.
Você acredita que o Brasil conseguirá manter esse ritmo de geração de empregos ao longo dos próximos meses? Qual setor você acha que pode surpreender na criação de vagas? Comente e participe!
Fonte: clickpetroleoegas.com.br
Publicado em: 2025-05-29 17:47:00 | Autor: Alisson Ficher |