A última quarta-feira (05), o distrito de Barcelos do Sul, no município de Camamu, foi palco de manifestações em prol a preservação da natureza, que comemorou o dia mundial do meio ambiente.
As atividades iniciaram pela manhã e foram marcadas por várias denúncias pelas comunidade tradicionais que vem lutando contra a exploração gipsita pela empresa alemã Knauf em área próximas às comunidades beradeiras, principalmente de Barcelos do Sul, que é a localidade que será mais atingida.
Participaram do manifesto, dentre outros participantes, representantes do Território de Identidade da Costa do Dendê, Pratigi, Matapera, Cassange, Algodões, Ilha do Tanque, Pedra Rasa, Saquaira, Maraú, Camamu e de Barcelos do Sul, além de escolas e do serviço de convivência.
Os manifestantes fizeram um abaixo-assinados que acompanhará uma denúncia e será enviada ao Ministério Público do Estado da Bahia para as devidas providências.
Os mangues estão sendo destruídos com a extração de areia para a construção civil, os moradores são ameaçados de morte e tem suas propriedades invadidas para a exploração, denuncia um dos nativos.
Preocupados com a problemática as comunidades com o apoio de movimentos populares vem discutindo constantemente sobre o assunto, registra-se que no dia 03 de abril deste ano, ocorreu o 1º Seminário das Comunidades Tradicionais, no distrito de Barcelos do Sul, que envolveram vários organismos que discutiram as consequências da extração do gesso e segundo um relatório apresentado pela Koinonia Presença Ecumênica e Serviço a mineração gera impactos negativos na vida das pessoas.
Em frente a empresa Knauf, dezenas de pessoas expressaram a sua insatisfação e nada calou a voz dos beradeiros que estão preocupados com as próximas gerações que podem até mesmo ficar sem água potável, “(…) O unico manancial de água de Barcelos são os lençóis freáticos, são aguas que passam por debaixo da terra e, segundo o geólogo da empresa, a água terá que ser desviada para extração do gesso, como vai desviar a água e colocar no caminho (…) Ela pode não voltar mais para Barcelos, isso é uma coisa gravíssima…”, conscientizou Roberto Carlos, coordenador do Projeto Peteca e Cidadania. (Portal Gongogi)