Inscreva-se

Seja o primeiro a saber as últimas atualizações

Politica

Cia do Tijolo reconstrói Canudos além de Euclides da Cunha; temporada encerra neste final de semana em SP

Cia do Tijolo reconstrói Canudos além de Euclides da Cunha; temporada encerra neste final de semana em SP

Em temporada até domingo (27), no Sesc Belenzinho, o novo espetáculo da Cia. do Tijolo, “Restinga de Canudos”, reconstrói, em cena, a vida na Vila de Canudos para além do massacre registrado por Euclides da Cunha, em “Os Sertões”. Com direção de Dinho Lima Flor, que também assina a criação e dramaturgia junto de Rodrigo Mercadante, a peça dá protagonismo à comunidade anônima que ergueu o povoado no sertão baiano, antes de ser arrastada para a guerra sob a liderança de Antônio Conselheiro.

O espetáculo desvela Canudos pelo olhar de duas professoras antes do conflito, revelando a dinâmica cotidiana dos sertanejos, poetas populares, beatos, indígenas e ex-escravizados que estiveram na gênese, não só de um povoado, mas de um mito histórico — já muito explorado pela cultura brasileira.

“Qual a contribuição que nós, da Cia. do Tijolo, pretendemos dar ao tema? Em primeiro lugar, contar a partir da construção da Vila e não de seu massacre”, afirma o co-criador, diretor e ator Dinho Lima Flor, que explica: “Não queremos que o crime perpetrado pela recém-nascida república brasileira ofusque o lado vencedor da comunidade criada por Conselheiro e a comunidade de Canudos”.

Segundo Dinho, o espetáculo mergulha nas águas do Açude de Cocorobó, onde submerge o sítio histórico de Belo Monte e o povoado de Canudos. “Se conseguirmos despertar a curiosidade do espectador e, no melhor dos cenários, o amor do público pela força de Belo Monte, teremos cumprido nosso intento”.

Restinga de Canudos. Foto: Alécio Cézar – Cia do Tijolo

“Restinga de Canudos” dá continuidade à pesquisa da Cia. do Tijolo sobre educação popular e arte como ferramentas de transformação social. Inspirada na ética freireana, a Companhia reafirma a importância dos professores na formação da consciência crítica. No palco, essa presença se manifesta por meio da figura da professora de história, que conduz a plateia na costura entre passado e presente.

Companhia do Tijolo

Desde 2008, a Cia. do Tijolo construiu um repertório que une teatro, música e poesia para revisitar figuras e episódios da história brasileira. O grupo já recebeu o Prêmio Shell de Música e o Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro por “Concerto de Ispinho e Fulô” (2010) e “Cantata Para um Bastidor de Utopias” (2014), que também venceu o Prêmio Shell de Melhor Cenário e foi indicado ao Prêmio Governador do Estado. O “Avesso do Claustro” (2016) também concorreu ao Prêmio Governador do Estado, consolidando a companhia como uma das mais relevantes da cena teatral contemporânea.

Além dos prêmios, o grupo mantém o Núcleo Musical da Cia. do Tijolo, que desde 2017 pesquisa a interseção entre sonoridade e dramaturgia. Atualmente, a companhia prepara “Restinga de Canudos”, espetáculo que revisita a história do sertão baiano sob a ótica da resistência popular.

Restinga de Canudos. Foto: Alécio Cézar – Cia do Tijolo

Fonte: midianinja.org

Publicado em: 2025-04-25 20:20:00 | Autor: <span>NINJA</span> |

portalgongogi

About Author

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba por email.

    Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do portal gongogi.

    Portal Gongogi © 2024. Todos os direitos reservados.