O Estado sionista de Israel realizou um bombardeio terrorista contra a capital do Líbano, Beirute, em uma criminosa violação do cessar-fogo imposto pelo movimento de resistência anti-imperialista Hezbollah em novembro do ano passado. O ataque foi o primeiro a atingir diretamente a capital libanesa desde o cessar-fogo – embora outras violações israelenses, como o sobrevoo de jatos israelenses no território libanês, ocorressem diariamente.
O ataque deliberado à uma área residencial de Beirute foi justificado como uma “resposta” a um suposto lançamento de mísseis do Hezbollah contra Israel, o que é desmentido pelo movimento anti-imperialista. O grupo, que nunca teve problemas em assumir e se orgulhar dos ataques ao colonialismo israelense, disse que “o Hezbollah não tem nenhuma ligação com os foguetes disparados hoje do sul do Líbano em direção ao norte da Palestina ocupada” e que “esses incidentes ocorrem no contexto da fabricação de pretextos duvidosos para a continuação da agressão ‘israelense’ contra o Líbano.”
Essa não é a primeira violação do cessar-fogo com o Líbano promovida por Israel. Apenas três dias após a assinatura do acordo, os sionistas realizaram uma série de bombardeios ao sul do Líbano. No último sábado (22/3), bombardeios israelenses assassinaram e feriram pessoas, também no sul do Líbano.
O novo chefe do Estado-maior israelense, Eyal Zamir, conhecido pelos movimentos de resistência árabe por suas táticas megalomaníacas e ataques sistemáticos a civis, sobretudo em momentos desfavoráveis no campo de batalha, já havia prometido no sábado uma nova onda de ataques a Beirute. Profundamente alinhado à linha de extrema direita encabeçada por Netanyahu, Zamir fez coro com o atual ministro da defesa israelense Israel Katz, que chegou a afirmar que não atacaria apenas alvos militares no Líbano.
As sucessivas violações aos acordos de cessar-fogo seja no Líbano, seja em Gaza, são uma forma da extrema direita sionista tentar se manter no Poder de Estado em Israel frente à avassaladora crise interna da entidade sionista. Atualmente, Netanyahu está isolado internacionalmente, acossado pela Resistência Anti-Imperialista Árabe no terreno militar e pressionado politicamente pelos parentes dos prisioneiros de guerra que continuam nas mãos dos palestinos.
Apesar disso, a quebra do cessar-fogo só tende a agravar a crise interna em Israel. Ainda mais que o tempo da trégua do acordo foi usado pelas organizações de resistência para recompor e consolidar suas forças, ampliar suas milícias, reabastecer suas reservas estratégicas e seguir se preparando para novas ofensivas táticas.
Nas últimas semanas, o primeiro-ministro israelense levou a crise interna a um novo patamar ao violar o cessar-fogo com a Resistência Palestina e assassinar em uma noite mais de 400 vidas na Faixa de Gaza.
Em resposta, os colonos israelenses que vivem na Palestina ocupada vêm elevando seus protestos contra o governo sionista, apontando-o como o principal culpado pelo assassinato dos reféns israelenses, majoritariamente mortos durante os bombardeios terroristas à civis em Gaza, e pelo fracasso nas negociações de troca de reféns.
Publicado em: 2025-03-28 19:04:00 | Autor: Redação de AND |