Quatro ex-integrantes de um seminário de padres de Belém dizem que foram vítimas de abusos sexuais da maior autoridade religiosa do estado do Pará, o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. Segundo a CNN, as denúncias foram trazidas pelo site El País e pela TV Globo.
Os quatro ex-seminaristas formalizaram as denúncias ao Ministério Público em agosto do ano passado, mas o caso só foi revelado agora.
Na época dos supostos abusos sexuais, eles tinham entre 15 e 20 anos de idade, e os crimes teriam acontecido entre 2010 e 2014.
Segundo as denúncias trazidas pelo jornal El País, em dezembro, Dom Alberto Taveira Corrêa, de 70 anos, chamava os então seminaristas para atendimentos particulares, uma orientação espiritual, na casa dele, e não na arquidiocese.
Os relatos apontam que no início o religioso fazia perguntas íntimas sobre sexo e tentações.
Ainda de acordo com as denúncias, o religioso prometia um tratamento para uma suposta cura da homossexualidade.
Em alguns casos, segundo os jovens, eles eram obrigados a ficar nus na frente do arcebispo e eram abusados.
Os relatos mostram que quando os ex-seminaristas resistiam, o arcebispo ficava agressivo, os maltratava e fazia ameaças.
O caso também foi trazido numa reportagem do Fantástico, da TV Globo. O programa ouviu os jovens que fizeram a denúncia ao Ministério Público.
A Polícia Civil abriu um inquérito, que corre em segredo de justiça. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil afirmou em nota que espera que os fatos sejam esclarecidos