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Cultura

Exército de Israel ataca barco de Greta

Exército de Israel ataca barco de Greta

Greta Thunberg e ativista brasileiro foram interceptados pelas Forças de Defesa de Israel antes de chegarem a Gaza

*Com colaboração de Emilly Gondim e Rebeca de Ávila

Nas primeiras horas de segunda-feira (9), no horário local, o Exército de Israel interceptou o barco de Greta Thunberg em que o brasileiro Thiago Ávila e mais 10 ativistas estavam levando ajuda humanitária para Gaza. Veja em TVT News.

Os ativistas a bordo do navio da Flotilha pela Liberdade relataram terem sido atacados por drones com uma substância química branca e irritante à pele minutos antes de serem interceptados pelas Forças de Defesa Israelense. O ataque ocorreu quando tentavam chegar até Faixa de Gaza. A comunicação com o navio foi totalmente interrompida.

Em um vídeo divulgado pela Coalização Flotilha pela Liberdade, é possível ver a tripulação com coletes salva-vidas e as mãos levantadas para o alto no momento da interceptação.

Os ativistas que estão a bordo do navio denunciam em suas redes sociais que foram sequestrados pelo Exército de Israel. Os vídeos e posts foram programados para serem divulgados caso a embarcação fosse barrada pelo exército israelense:

Em publicação no X, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou que os ativistas estão bem e serão enviados de volta para seus países de origem. Mas antes de serem deportados, o grupo será levado para a costa de Israel, onde devem fazer o embarque.

(Última atualização: 23h)

Barco de Greta que leva ajuda humanitária a Gaza é interceptado por Israel

O barco de Greta, chamado Madleen, que faz parte do movimento Flotilha pela Liberdade, levava alimentos, filtros de água, medicamentos e próteses infantis para os palestinos que sobrevivem na Faixa de Gaza foi interceptado pelo exército de Israel.

As últimas informações dão conta que os tripulantes do barco de Greta, o Madleen, foram levados para prestar depoimentos. No dia 2 de março, Israel impôs um bloqueio militar que proíbe a entrada de ajuda humanitário, em meados de maio, essa proibição total passou a ser restrita: pouquíssima ajuda entra na região.

Segundo dados da ONU de maio, mais de 500 mil palestinos corriam risco de morte por fome e 14 mil bebês corriam o mesmo risco em 48h (foram esses levantamentos que forçaram Israel a liberar parte da entrada de ajuda humanitária).

Greta faz apelo ao governo sueco

Veja a postagem de Greta sobre o sequestro do barco com ajuda humanitária.

“O governo sueco precisa proteger seus cidadãos!” Greta Thunberg foi sequestrada pelo exército israelense. Greta é uma civil desarmada a bordo de um navio que transportava carga humanitária, incluindo leite em pó para bebês, suprimentos médicos e outros itens essenciais para a população sitiada de Gaza. Ela não representava nenhuma ameaça e estava operando em total conformidade com o direito marítimo internacional, humanitário e de direitos humanos.

Entrevista: “Israel pode nos matar, mas virão milhares depois”, afirma ativista à TVT

Em entrevista exclusiva à TVT News, o ativista Thiago Ávila falou ao vivo no TVT News Primeira Edição. Ele está no navio que tenta romper o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza com ajuda humanitária a bordo da embarcação que integra a Flotilha da Liberdade.

Leia a entrevista: “Israel pode nos matar, mas virão milhares depois”, afirma ativista à TVT

Thiago Ávila e Greta Thunberg. Foto: Freedom Flotilla Coalition

O brasileiro Thiago Ávila, que está no barco, descreve o ataque

Veja o que o brasileiro Thiago Ávila, que está no barco de Greta, postou no momento da interceptação pelo exército israelense:

“O “Madleen” foi atacado.

Momentos atrás, drones lançaram produtos químicos não identificados no Madleen. Imediatamente depois, nossos voluntários pacíficos foram abalroados e interceptados antes que as forças israelenses abordassem a embarcação. Perdemos todo o contato com eles segundos depois.

Aja agora. Contate a embaixada israelense em seu país imediatamente. Exija que nossos voluntários estejam seguros e ilesos. Exija que seu governo imponha sanções a Israel sem demora.

O que aconteceu com nossos voluntários é um pequeno vislumbre do que os palestinos em Gaza sofrem diariamente — há quase dois anos. Este não é apenas um ataque a um barco. Faz parte de uma campanha mais ampla de violência e impunidade.

Rompam o cerco. Parem de permitir crimes de guerra. É hora de os governos agirem.”

Israel diz que impedirá barco de Greta de chegar a Gaza

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou ao Exército, neste domingo (8), que intercepte o barco de Greta com ativistas que planejam abrir um canal de acesso à Faixa de Gaza, levando alimentos e medicamentos. A ativista sueca Greta Thunberg, conhecida por sua luta contra o aquecimento global, está entre os tripulantes da embarcação Madeleine (Madleen), que se arriscam a furar o bloqueio israelense.

“Eu instruí o Exército a agir para que o Madeleine… não chegue a Gaza”, disse Katz em um comunicado. “Para a antissemita Greta e seus amigos propagadores de propaganda do Hamas, eu digo claramente: É melhor vocês voltarem para trás, porque não chegarão a Gaza”, acrescentou.

A imprensa israelense informou que os militares planejam interceptar o navio antes que ele chegue a Gaza e escoltá-lo até o porto israelense de Ashdod. A tripulação seria, então, deportada.

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O brasileiro Thiago Ávila está no barco de Greta que leva ajuda humanitária para a Palestina

O brasileiro Thiago Ávila, ativista internacionalista e ambientalista, e o ator irlandês Liam Cunningham também integram a tripulação, no total de 12 pessoas. Em vídeo publicado hoje nas redes sociaisÁvila afirmou que eles estão em águas internacionais e vão para o território marítimo palestino, onde Israel não tem jurisdição. “Ele [Israel Katz] está realmente admitindo que eles estão planejando cometer um crime de guerra”, disse.

Ainda segundo o ativista, considerando resoluções e decisões da Corte Internacional de Justiça e do Conselho de Seguranças das Nações Unidas, o governo israelense não pode impedir ou dificultar que a ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza. “Então, eles são os únicos que estão ilegais, que estão cometendo crimes de guerra, não só conosco, mas especialmente com o povo palestino, de oito décadas de genocídio, 18 anos de bloqueio e um ano e nove meses das cenas mais horríveis e crimes de guerra que nossa geração já viu”, afirmou Ávila.

“Então, ministro da Defesa, Israel Katz, não tememos você, temos as maiorias sociais, o mundo inteiro está conosco porque o mundo inteiro não aguenta mais ver você matando crianças de fome, bombardeando hospitais, escolas, abrigos, áreas residenciais. […] Você acha que tem o controle, mas tudo que você tem são suas armas, suas bombas, sua violência e seu ódio”, acrescentou o ativista.

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Sueca Greta Thunberg está na embarcação com ajuda humanitária. Foto: gazafreedomflotilla/Instagram

Operada pela coalizão pró-Palestina Flotilha da Liberdade, a embarcação Madeleine, de bandeira britânica, deixou a Itália em 6 de junho, dirigindo-se lentamente para a Faixa de Gaza, que está sitiada por Israel. O grupo está a cerca de 160 milhas náutica da costa palestina, transportando uma quantidade simbólica de ajuda humanitária, incluindo alimentos e suprimentos médicos.

Uma primeira tentativa de chegar a Gaza foi frustrada quando outra embarcação do grupo, o Consciência, foi bombardeado por dois drones perto de águas territoriais de Malta. A coalizão Flotilha da Liberdade pede que uma investigação independente apure o ocorrido em Malta.

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O jornal TVT News Primeira Edição conversou com a Arlene Clemesha, diretora do Centro de Estudos Palestinos da USP. Em entrevista, ela afirmou que o governo israelense usa métodos similares a da Alemanha nazista.

Fonte: tvtnews.com.br

Publicado em: 2025-06-08 22:28:00 | Autor: Alexandre Barbosa |

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