A 5ª edição do Festival Beiru das Artes Negras (FESTBAN), realizada no Teatro da UNEB em Salvador, no último dia 24 de novembro de 2024, reuniu um grande público para celebrar a arte e a cultura negra. O evento, promovido pelo Instituto de Formação em Artes (IFÁ), teve como objetivo reforçar o mês da Consciência Negra, apresentando um conjunto de atividades que refletiram sobre a identidade, a história e as vivências das comunidades negras.
O FESTBAN é conhecido por sua programação diversificada, que busca promover a arte como ferramenta de transformação social. Neste ano, o evento trouxe oficinas, apresentações culturais e exibições artísticas que abordaram diversas linguagens, como teatro, dança, música, capoeira, poesia e audiovisual. A participação de jovens, professores, artistas e lideranças comunitárias foi marcante, evidenciando a força da arte na construção de narrativas positivas sobre a juventude e as periferias.
A história do FESTBAN remonta a sua criação, há cinco anos, com o objetivo de promover a reflexão sobre a importância da cultura negra e de atuar como um catalisador de mudanças sociais. Desde sua fundação, o festival já impactou 22 comunidades e envolveu escolas e estudantes da rede pública, além de artistas locais. Em 2024, o evento homenageou o líder negro Gbeiru, um homem escravizado na Salvador do século XIX, reafirmando seu compromisso com a valorização das histórias e identidades negras.
O encerramento da edição deste ano foi marcado por um momento apoteótico no Teatro da UNEB, onde jovens artistas tiveram a oportunidade de se apresentar e mostrar seu talento, ampliando o reconhecimento das vozes das periferias de Salvador. Para o público, o festival representou uma oportunidade de vivenciar a cultura de maneira intensa e transformadora, refletindo sobre o papel da arte na luta por igualdade e justiça social.
O FESTBAN contou com o apoio financeiro da Fundação Gregório de Mattos, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura de Salvador, e da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, Governo Federal. Além disso, teve o apoio da UNEB e da UHAA! Gráfica e Design. A presença dessas instituições foi fundamental para o sucesso e a continuidade do evento, que se solidifica a cada edição como um espaço essencial para a resistência cultural negra na cidade.
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