EL PAIS – O Brasil, laboratório de três vacinas contra o coronavírus, fica atrás na hora de aplicá-las, apesar de ter um dos programas de imunização mais ambiciosos do mundo. As primeiras injeções ainda vão demorar semanas porque nenhum imunizante foi autorizado até agora e até mesmo as milhões de seringas e agulhas necessárias para inocular a população estão em falta.
É mais um exemplo da gestão caótica da pandemia e dos efeitos de ter um presidente, Jair Bolsonaro, que sabota metodicamente os esforços de outras autoridades políticas e de saúde para conter o vírus. A imunização esbarra também no veto da Índia à exportação de vacinas produzidas em seu território, como a AstraZeneca/Oxford, que está sendo testada no Brasil pela Fiocruz.
Nesta segunda-feira, porém, autoridades da Fiocruz se reuniram com representantes Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tratar do uso emergencial do imunizante e informaram que a expectativa é de que o pedido seja realizado ainda esta semana.