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Indígenas venezuelanos sofrem em abrigos em João Pessoa; 3 crianças já morreram em 2025

Indígenas venezuelanos sofrem em abrigos em João Pessoa; 3 crianças já morreram em 2025

Enquanto a prefeitura e o governo estadual encenam medidas paliativas, a crise sanitária que atinge os indígenas Warao, originários da Venezuela, abrigados em João Pessoa, se agrava. Três crianças e um adulto morreram de causas evitáveis entre janeiro e abril de 2025, e um surto de leptospirose se alastrou em um abrigo no mês passado. Os indígenas Warao começaram a chegar à Paraíba em 2019 e até hoje vivem em abrigos precários, principalmente na capital do estado.

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Os imigrantes trabalhavam em uma colheita sem equipamento de segurança, com alimentação escassa e dormindo no chão do alojamento. Este já é o terceiro caso envolvendo imigrantes no estado

O caso mais recente ocorreu em 28 de abril, quando um bebê indígena de um ano e dois meses morreu após ser internado com sinais de desnutrição, lesões corporais e infecção generalizada. Segundo a mãe, a criança teve acesso a apenas uma dose vacinal. Um bebê de três meses morreu de forma semelhante em março, apresentando infecção generalizada e lesões na pele. Outro episódio ocorreu no final de janeiro, quando um bebê de dez meses morreu vítima de broncoaspiração. Além desses casos, um adulto de 45 anos faleceu em fevereiro devido a um câncer bucal.

Todas as vítimas são imigrantes venezuelanos da etnia indígena Warao, que começaram a chegar à Paraíba em 2019 no contexto da interiorização dos refugiados imposta pelo governo federal. Os imigrantes foram levados para abrigos precários no estado, principalmente em João Pessoa. Um deles, no centro, foi palco de um surto de leptospirose no mês de abril, com seis casos confirmados. De acordo com o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), o local possui capacidade para 50 pessoas, mas tem quase o dobro de ocupação. 

Mais de 700 indígenas da etnia vivem hoje no estado. Eles relatam condições sanitárias graves. “Coisa muito séria. O problema que está acontecendo é que a fossa está cheia há meses. Está causando doenças. Situação muito grave, preocupante e me dá medo”, afirmou o cacique Ramón Gomez ao monopólio de imprensa G1.

 Fossa entupida pode estar relacionada a surto de leptospirose. Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Segundo a SPM, sua atuação se restringe apenas ao fornecimento de alimentação, materiais de higiene e apoio com aluguéis, com a prefeitura de João Pessoa se responsabilizando pela saúde pública. Embora a secretaria de saúde da cidade tenha feito uma reunião no dia 25 de abril para definir novas ações para conter a crise, a tendência é que as medidas sejam apenas paliativas, pois o drama vivido pelos imigrantes no estado remonta desde sua chegada. Entre 2020 e 2024, foram registrados 16 óbitos, incluindo uma criança de um ano que morreu em outubro de 2023 com desnutrição avançada.

Os acordos firmados pelo governo estadual para dar suporte aos abrigos também têm um histórico problemático. Em 2020, o governo firmou um convênio com a Ação Social Arquidiocesana (ASA) que incluía R$1,5 milhão em subsídios. O coordenador da ASA, o Padre Egídio de Carvalho, foi preso em novembro de 2023, acusado de desviar R$140 milhões da organização e do Hospital Padre Zé. Por isso, o suporte aos abrigos foi comprometido até que outro convênio fosse firmado.

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Fonte: anovademocracia.com.br

Publicado em: 2025-05-05 15:04:00 | Autor: Editor Executivo |

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