Caso mais recente é o da funcionária do Shopping Paseo, no bairro do Itaigara, na capital baiana
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 19:45
No intervalo de 72h, a Bahia registrou pelo menos três vítimas de feminicídio e tentativa de feminicídio. A conta leva em consideração mulheres agredidas entre a manhã do último sábado (14) até a manhã desta segunda-feira (16).
O caso mais recente é o da funcionária do Shopping Paseo, no bairro do Itaigara, na capital baiana. A vítima, de 39 anos, foi esfaqueada na manhã desta segunda pelo ex-companheiro, de quem já havia se separado havia dois anos. O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Casa da Mulher Brasileira) como tentativa de feminicídio.
Na madrugada de domingo (15), Maiza Almeida dos Santos, de 31 anos, e Estela Reis Santos, de 23, foram mortas a tiros na cidade de Fátima, na região nordeste da Bahia. A prefeitura lamentou o ocorrido. “Neste momento de luto, nos solidarizamos com as famílias e amigos, e reforçamos nosso compromisso com a luta pela proteção das mulheres e pelo fim da violência de gênero”, disse. Segundo a Polícia Civil, as tipificações do crime estão categorizadas como feminicídio e homicídio.
Em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Cristiane Ribeiro Reges foi vítima de disparos de arma de fogo, na Avenida Aroeira, no bairro Ponto Parada. O suspeito é Marcos Souza Batista, de 48 anos, ex-marido da vítima. O caso foi registrado na noite da última sexta-feira.
O CORREIO solicitou à Polícia Civil o número de denúncias de feminicídio e tentativas de feminicídio no período mencionado, mas não houve retorno.
Em 2023, a Bahia registrou 108 casos de feminicídio, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Foram 209 tentativas do crime durante todo o ano.
Hipótese não descartada
Gleicy da Silva Bonfim, de 26 anos, foi encontrada morta com marcas de tiros dentro de casa no bairro do Bonfim, em Salvador, neste domingo (15). A jovem estava casada com um policial militar há cinco dias. A família suspeita de feminicídio e embora não confirme a suspeita, a polícia afirmou que não descarta a possibilidade.
Nas redes sociais, a irmã de Gleyci afirmou que toda a família ainda está com receio pela própria segurança e pediu por justiça. “Ele [o PM] não foi preso ainda. A família está com medo, não consegue mais raciocinar nada. Não deixe essa notícia cair. Queremos justiça pela vida da minha irmã”, destacou Kelly Bonfim.