No dia 1º de março, um jovem de nome Feliciano, de 20 anos, faleceu após sofrer um acidente com uma arma de fogo na colônia de seu tio, localizada no km 29, em Feijó. O incidente ocorreu pela manhã, quando o jovem, ao segurar uma espingarda pelo cano, acabou atingindo acidentalmente o seu quadril com um disparo.
Segundo relatos, Feciliano havia deixado a arma sobre um tapicho e, ao manuseá-la, provocou o disparo. Após o acidente, os bombeiros foram acionados, mas enfrentaram dificuldades para chegar ao local devido às condições precárias do ramal, que estava com muita lama. Somente à tarde, conseguiram resgatar o jovem e levá-lo até a BR-364, onde foi transferido para uma ambulância do SAMU.
Feliciano chegou ao hospital de Feijó entre 15h e 16h, mas a unidade de saúde não possuía estrutura para realizar a cirurgia necessária para a remoção dos projéteis. A transferência para o município de Cruzeiro do Sul foi considerada, mas a equipe do hospital demorou para solicitar o avião responsável pelo transporte. Posteriormente, a equipe avisou que a pista de pouso estava com problemas e que o pouso do avião não seria possível.
A demora no atendimento e na transferência contribuiu para o agravamento do estado de saúde do jovem. Na madrugada, por volta das 4 horas, o jovem veio a óbito.
Negligência médica e condições precárias do hospital
Em depoimento ao jornal, um familiar que preferiu não se identificar, destacou que a morte do jovem foi resultado das péssimas condições do hospital. “Foi mais por negligência médica, se não fosse isso, ele estaria vivo”, afirmou.
Os casos de negligência médica na cidade de Feijó são comuns, como no caso noticiado pelo correspondente local em janeiro de 2024, quando a família da jovem Dayane denunciou descaso hospitalar após a jovem morrer durante o parto.
A estrutura de saúde e logística de emergência na região se encontra sucateada, especialmente em áreas de difícil acesso.
Publicado em: 2025-04-03 23:57:00 | Autor: Editor Executivo |