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Lula diz que não tem problema de ligar pra Trump pra discutir tarifa

Lula diz que não tem problema de ligar pra Trump pra discutir tarifa

Às vésperas do “tarifaço” de Donald Trump previsto a partir de 2 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não terá problema de ligar para o presidente dos Estados Unidos “na hora que sentir necessidade de conversar”.

“Na hora que eu sentir necessidade de conversar com o presidente Trump, eu não terei nenhum problema de ligar para ele. Na hora que ele achar que tem interesse de conversar comigo, eu espero que ele não tenha nenhum problema de ligar para mim”, disse Lula, durante coletiva de imprensa em que foi questionado sobre o tema.

O presidente disse que o Brasil está em negociação com os Estados Unidos.

“Antes de fazer a briga da reciprocidade, ou de fazer a briga na Organização Mundial do Comércio (OMC), a gente quer gastar todas as palavras que estão no nosso dicionário para fazer um livre comércio com os Estados Unidos”.

Depois de dizer que Trump “tem o direito de fazer o que ele quiser na política americana”, Lula disse: “e nós temos que ter o direito de fazer o que nós quisermos na política brasileira, sempre levando em conta de que nós somos defensores do livre comércio”.

Em outro tema, Lula elogiou a postura de Donald Trump: “Eu poderia ser radical contra o Trump. Mas na medida que o Trump toma decisão de discutir a paz entre Rússia e Ucrânia, que o [ex-presidente Joe] Biden deveria ter tomado, eu sou obrigado a dizer que, nesse aspecto, o Trump tá no caminho certo.”

Nos últimos dias, Rússia e Ucrânia chegaram a um acordo com os Estados Unidos para um cessar-fogo na região do Mar Negro, que banha os dois países.

A Casa Branca anunciou a notícia em dois comunicados após reuniões de seus representantes com delegações de Moscou e Kiev, realizadas na Arábia Saudita.

O cessar-fogo no mar Negro permitirá a abertura de um corredor seguro para a navegação de embarcações comerciais.

“Os Estados Unidos ajudarão a restabelecer o acesso da Rússia ao mercado global de exportação de produtos agrícolas e fertilizantes, reduzirão os custos dos seguros marítimos e melhorarão o acesso aos portos e aos sistemas de pagamento para esse tipo de transação”, informou a Casa Branca sobre as negociações com a Rússia.

Washington também afirmou que o cessar-fogo ajudará a Ucrânia “a viabilizar a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis detidos e o retorno das crianças ucranianas transferidas à força”.

Novas rodadas de negociações diplomáticas devem acontecer em breve para garantir uma ampliação desse cessar-fogo.

EPA

Na capital vietnamita, Lula se reuniu com os chamados quatro pilares do governo vietnamita: um deles foi o presidente Luong Cuong (à direita)

Viagem à Ásia

Lula deu entrevista à imprensa neste sábado (29/3), antes de deixar Hanói, no Vietnã, para retornar ao Brasil após visita de Estado ao país do sudeste asiático e, antes, ao Japão.

A viagem à Ásia foi marcada por falas de Lula em defesa do multilateralismo e por agrados aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que integraram a comitiva, e até aos ex-presidentes das casas, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

No Vietnã, Lula anunciou a liberação da venda de carne bovina brasileira ao país.

E agradou o governo do Vietnã ao decidir reconhecer o país como economia de mercado.

Lula também prometeu lançar a negociação de um acordo Mercosul-Vietnã quando o Brasil assumir a presidência do bloco, no segundo semestre deste ano.

Davi Alcolumbre, Lula e Hugo Motta

EPA

A viagem à Ásia foi marcada por falas de Lula em defesa do multilateralismo e por agrados aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (à direita na fotografia), e do Senado, Davi Alcolumbre (à esquerda)

O Vietnã é um regime de partido único, e nenhuma oposição política é permitida.

“Para nós, brasileiros, é importante a gente entender que a gente pode ser uma porta de entrada para o Vietnã na América Latina. Para nós, é importante tentar levar o Vietnã para um acordo com o Mercosul, e é importante que o Vietnã seja uma porta de entrada para o Brasil na Asean”, disse Lula.

A Asean, Associação de Nações do Sudeste Asiático, é a região mais dinâmica do mundo em termos de crescimento econômico.

Lula descendo de avião em tapete vermelho, com várias pessoas à sua espera na pista

EPA

Na capital vietnamita, Lula se reuniu com os chamados quatro pilares do governo vietnamita

A viagem de Lula reflete a “aproximação crescente” do Brasil com a Ásia como um todo, e não apenas com os chineses, disse na semana passada à BBC News Brasil o ex-embaixador do Brasil nos EUA e no Reino Unido Rubens Barbosa.

“O Itamaraty está muito consciente de que a Ásia hoje é a área mais importante, em crescimento, da relação comercial e econômica com o Brasil”, diz ele.

Na capital vietnamita, Lula se reuniu com os chamados quatro pilares do governo vietnamita: o primeiro-ministro, Pham Minh Chinh, o presidente, Luong Cuong, o presidente da Assembleia Nacional, Tr?n Thanh M?n, e o mais poderoso deles, o secretário-geral do Partido Comunista, Tô Lâm.

A troca comercial entre Brasil e Vietnã somou US$ 7,7 bilhões em 2024. A meta conjunta é chegar a US$ 15 bilhões em 2030.

O Brasil compra do Vietnã principalmente equipamentos de telecomunicações. E, do lado das exportações, o Brasil vende mais pro Vietnã do que para países como Portugal, Reino Unido ou França. Entre os principais produtos, estão milho, algodão e soja.

Esta é a segunda visita de Lula ao Vietnã. A primeira foi em 2008, quando ele foi o primeiro líder brasileiro a viajar ao país.

Fonte: www.correiobraziliense.com.br

Publicado em: 2025-03-29 10:28:00 | Autor: |

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