O Ministério da Economia se posicionou na tarde desta segunda-feira, 11, sobre o encerramento das atividades da Ford no Brasil. A pasta lamentou a decisão da montadora e pontuou que o anúncio reforça a necessidade de implementar medidas que gerem um ambiente mais propício aos negócios, além do avanço nas reformas estruturais.

Em nota, o ministério encabeçado por Paulo Guedes, entretanto, afirmou que a decisão da Ford contrasta com a ideia de ‘forte recuperação’ que tem sido observada no setor industrial recentemente.

“A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise […] O ministério trabalha intensamente na redução do Custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes. Isto reforça a necessidade de implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais”, escreveu.

Quem também lamentou a decisão da empresa foi o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. Segundo ele, o país tem conseguido reduzir o Custo Brasil. No entanto, a pandemia impediu que as ações do governo surtissem efeito a tempo.

“É hora de unirmos forças para avançar ainda mais rápido na redução do Custo Brasil e recuperar nossa indústria, que perdeu espaço no PIB em todos os governos anteriores. De continuar o trabalho focado, que já permitiu que nossa indústria se recuperasse em V este ano”, afirmou.

No Brasil, a montadora mantinha duas fábricas para carros Ford, em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), além de uma terceira em Horizonte (CE), para jipes da marca Troller. Agora, a empresa continuará comercializando produtos para o Brasil, mas importados principalmente de Argentina e Uruguai.