O torcedor palmeirense acordou nesta quinta-feira (29) de sorriso aberto.
Arrasador na noite de quarta, o time de Abel Ferreira atropelou o Sporting Cristal por 6 a 0 no Allianz Parque e fechou a fase de grupos da Libertadores como a melhor equipe, com 100% de aproveitamento, seis vitórias sem seis partidas.
Motivo para orgulho e celebração, para olhar para os adversários no continente, qualquer um, de cima para baixo.
Até porque também no Campeonato Brasileiro o clube é líder, até porque estará, com boas perspectivas, disputando no próximo mês, nos EUA, o primeiro Supermundial de clubes (que a Fifa batizou oficialmente de Copa do Mundo de Clubes) –seus principais rivais locais, Corinthians e São Paulo, serão meros secadores.
Motivo também para receio. A história mostra que, no formato atual da Libertadores (desde 2000), sempre que uma equipe venceu os seis jogos da fase de grupos, não faturou a taça. Nem à final chegou.
Aconteceu antes com:
- o Vasco de Juninho Paulista e Viola em 2001 (caiu nas quartas de final ante o depois campeão Boca Juniors);
- o Santos de Fábio Costa e Zé Roberto em 2007 (perdeu nas semifinais para o Grêmio, que seria vice-campeão);
- o Boca Juniors em 2015 (eliminado nas oitavas de final pelo arquirrival River Plate, que ganharia o título);
- o próprio Palmeiras, sob o comando de Abel e com Dudu, Rony e Scarpa no ataque, em 2022 (queda nas semifinais diante do Athletico-PR, que seria derrotado na final pelo Flamengo).
Escritas podem ser derrubadas, e caberá ao alviverde paulista –mesmo sem a joia Estêvão, 18, que irá para o Chelsea, da Inglaterra, depois da Copa do Mundo de Clubes– fazer acontecer.
Será um desafio para Abel modificar a equipe e mantê-la imponente mesmo sem o jovem atleta que se consolidou na ponta direita do ataque.
Ele tem várias boas opções para escalar (Facundo Torres, Paulinho, Vitor Roque, Felipe Anderson, Maurício), mas nenhum com as características de Estêvão, que me lembram as do holandês Robben (aposentado), da estrela espanhola em ascensão Lamine Yamal e, nas devidas proporções, do supercraque Lionel Messi –não o atual, mas o de começo de carreira.
Na história da Libertadores, que realizou sua primeira edição em 1960, somente uma vez um clube foi campeão vencendo todas as partidas: o Estudiantes, da Argentina, em 1969.
Contudo, foram apenas quatro vitórias, duas na semifinal (contra a Universidad Católica, do Chile), duas na final (contra o Nacional, do Uruguai). A Libertadores tinha outro formato, com menos participantes (17), e o Estudiantes “pulou” a fase de grupos porque tinha ganhado o campeonato em 1968.
Na Liga dos Campeões da Europa, que existe desde a temporada 1955/1956, somente uma vez alguém ergueu a taça com 100% de aproveitamento: o Bayern de Munique, de Neuer e Lewandowski, que em 2019/2020 venceu as 11 partidas, incluindo a decisiva, 1 a 0 no PSG de Neymar e Mbappé.
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Publicado em: 2025-05-29 12:55:00 | Autor: Luís Curro |