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Osasco vence Superliga e Tifanny é primeira trans campeã – 01/05/2025 – Esporte

Osasco vence Superliga e Tifanny é primeira trans campeã – 01/05/2025 – Esporte

O Osasco venceu a Superliga feminina de vôlei após 13 anos, conquistando seu sexto campeonato.

Em final disputada nesta quinta (1º), no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a equipe venceu o Sesi Bauru por 3 sets a 1, com parciais de 26/24, 19/25, 28/26 e 25/20.

Agora, Osasco é o segundo maior vencedor da competição, ao lado do Minas. O Sesc RJ/Flamengo lidera, com 12 troféus.

A última vez em que o time da Grande São Paulo havia vencido a liga foi na temporada 2011/2012, também no Ibirapuera. Naquela ocasião, duas jogadores do atual elenco estavam presentes, além do técnico Luizomar de Moura: a ponteira Natália e a líbero Camila Brait.

Natália foi eleita melhor jogadora da competição, enquanto Camila Brait foi considerada a melhor da final.

O título osasquense também marca a primeira Superliga vencida por Tifanny Abreu, aos 40 anos. Ela é a primeira e por enquanto única atleta trans a jogar a elite do voleibol brasileiro.

“É um sonho de criança realizado. O sonho de quem se inspirou em grande mulheres e nunca desistiu”, disse a atleta, que começou tarde sua trajetória no vôlei feminino, em 2017. Por ser uma mulher trans, foi alvo de ataques diversos, sendo tema de discussões acaloradas sobre a potência de seu ataque.

“É muito representativo estar aqui. Me sinto muito orgulhosa mesmo”, segue. “Vão ter uma trans campeã da Superliga, sim.”

Antes de jogar em campeonatos femininos, Tifanny entrou em quadra pela Superliga A e B no Brasil e em outros campeonatos masculinos da Indonésia, Portugal, Espanha, França, Holanda e Bélgica.

Enquanto defendia o clube JTV Dero Zele-Berlare, da segunda divisão belga, resolveu concluir a transição de gênero.

Os planos dela eram voltar para o Brasil e buscar uma nova carreira após a recuperação. Porém, em 2017, recebeu a permissão da Federação Internacional de Voleibol para competir em ligas femininas.

Foi quando defendeu o Golem Palmi, time da segunda divisão da Itália. Depois, retornou ao Brasil, onde defendeu primeiro o Bauru, e depois o Osasco.

A carreira de Tiffany é possível graças a um parecer do COI (Comitê Olímpico Internacional) de 2016. Naquele ano, a entidade deixou de exigir a cirurgia de redesignação sexual e passou a cobrar um ano de tratamento hormonal, em vez de dois anos, para mulheres trans. Também foi vinculada a exigência de que a jogadora deve manter o nível de testosterona abaixo de 10 nmol/L.

A partida

O primeiro set foi um duelo entre a defesa de Osasco e o ataque do Sesi. Guiado pela líbero Camila Brait, o time da Grande São Paulo começou subindo todas as bolas e efetivando seus contragolpes, conseguindo abrir 5 a 1. Foi quando Henrique Modonesi, técnico bauruense, pediu tempo.

A eficiência da equipe do Sesi até melhorou, mas o saque não surtia efeito na sólida linha de recepção da equipe osasquense. Só no fim da parcial, Dani Lins conseguiu fazer um ace e deixar tudo igual em 22 pontos. Depois, veio a virada em 24 a 23. Osasco, porém, conseguiu retomar a liderança e fechar em 26 a 24 com um ataque de Tiffany.

O ritmo da segunda parcial foi ditado pelas ponteiras do Sesi, Kasiely e Acosta. Num bloqueio da venezuelana, o time abriu 8 a 5, obrigando o técnico de Osasco a pedir um tempo. A equipe até reagiu, colando no placar em 11 a 12.

Porém, cometendo uma sequência de erros de ataque e sacando em Kasiely, uma das passadoras mais consistentes da competição, viu Dani Lins acionar Acosta da rede e do fundo para fechar o set em 25 a 19.

O terceiro set foi pura inconsistência. A equipe osasquense começou abrindo 5 a 0. O Sesi empatou em 9 pontos. Daí em diante, houve uma sucessão de instabilidades. Um time abria alguma vantagem, o outro virava.

Os ataques caíram de rendimento. Pelo Osasco, alguns erros da ponteira Natália atrapalharam. Pelo lado do Sesi, a oposto Bruna Moraes recebeu muitas bolas, mas colocou poucas no chão. No fim, o time de Luizomar encaixou um bloqueio para fechar em 28 a 26.

A torcida do Osasco sentiu que as jogadoras entraram no quarto set decididas a agarrar o campeonato. As arquibancadas do Ibirapuera viraram um caldeirão que lembrava o ginásio José Liberatti, casa da equipe na Grande São Paulo.

Tifanny assumiu a responsabilidade pela virada de bola. O passe, comandado pela ponteira Mayra e Camila Brait foi firme. O bloqueio também funcionou.

O Sesi sentiu. Atrás desde o início da parcial, a equipe não conseguiu buscar a recuperação no placar, com Osasco fechando o set em 25 a 20 para ficar com a taça de campeão.

Fonte: redir.folha.com.br

Publicado em: 2025-05-01 18:48:00 | Autor: Bruno Lucca |

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