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Cultura

Pagu: arte não é privilégio

Pagu: arte não é privilégio

Por Alexandre Teixeira

Kleber Pagu chegou à Funarte na virada de abril para maio. É artista residente na ampla, colorida, dilapidada e subutilizada sede paulista da Fundação Nacional das Artes, localizada na Alameda Nothmann, em Campos Elísios. Está lá como representante do Céu – Museu de Arte a Céu Aberto –, a primeira instituição museológica do Brasil e da América Latina dedicada exclusivamente à promoção, preservação e valorização das artes urbanas. Ele acaba de voltar do Sol Nascente, tecnicamente uma região administrativa do Distrito Federal, a 35 quilômetros de Brasília. Na prática, o território chegou a ser considerado pelo IBGE, segundo a prévia do Censo 2022, a maior favela do Brasil. Com os números oficiais tabulados, porém, foi superada pela Rocinha, no Rio de Janeiro, em número de moradores: 72.021 contra 70.908. Pagu estava lá inaugurando o circuito Arte Não é Privilégio, criado para ampliar o acesso à arte e à cultura em regiões onde os índices de criminalidade são muito altos e os de desenvolvimento, muito baixos.

O Museu Céu mapeou 27 territórios no Brasil, dentro das capitais, nos quais esse tipo de intervenção é considerado mais urgente. Na abertura do circuito, foi realizado um encontro de artistas locais com convidados do Brasil todo, além de estrangeiros que enviaram obras digitalmente. O epicentro foi uma praça pública – uma das poucas existentes no Sol Nascente.

Esse projeto é baseado, sobretudo, na Praça Memorial Vladimir Herzog, que fica atrás da Câmara dos Vereadores de São Paulo e reúne várias obras e intervenções artísticas. Mas também em projetos que já são icônicos do grafite e da arte urbana, como o Beco do Batman.

Funarte-SP: quartel-general e base para as ações que a trupe de Pagu está desenvolvendo
nacionalmente Foto: Maialu Ferlauto

O objetivo era “pensar essa praça como um local mais ativo, culturalmente mais interessante e mais seguro para as pessoas, com um olhar especial para as crianças e para a juventude”, observa Pagu. Em julho, a caravana do Céu vai para Beiru, a maior favela de Salvador, e depois para Jurunas, em Belém. São territórios que já têm artistas, coletivos e ações. “O que a gente faz é somar conhecimentos e técnicas, reconhecer e validar projetos que já estão acontecendo.” Antes de iniciar o circuito, a equipe do Museu Céu vinha desenvolvendo políticas públicas nacionais, a partir do Ibram, Instituto Brasileiro de Museus. Pagu é o primeiro representante das artes urbanas no conselho dessa autarquia, ligada ao Ministério da Cultura.

Pagu. Foto: Maialu Ferlauto

Sua missão é fazer com que as áreas de arte urbana existentes no Brasil sejam reconhecidas como “espaços museáveis”. Essa também é uma iniciativa inspirada em um projeto que ele desenvolveu em São Paulo, em 2020, junto com Fernanda Bueno, hoje coordenadora do Balé da Cidade de São Paulo, no Theatro Municipal, e sua companheira. Trata-se do Projeto de Lei 379/2020, que institui a cidade de São Paulo como galeria de arte a céu aberto e reconhece diferentes locais do município como polos. Por exemplo, o Beco do Batman, o Minhocão, a Favela Galeria, em São Mateus e o Imargem, no Grajaú. “São locais que, no decorrer dos últimos anos, ou até mesmo das últimas décadas, foram se consolidando como territórios de arte urbana”, diz Pagu. Embora o grafite e a arte estejam na cidade como um todo – há quem diga que são a pele da metrópole –, 32 polos foram mapeados. A partir dessa experiência, ficou clara a necessidade de políticas públicas nacionais. “Se em São Paulo, que é a capital mundial da arte urbana, nós não temos as políticas públicas necessárias, imagine então nos outros territórios.”

O ponto de inflexão para a arte urbana paulistana, nos termos da sua relação com o poder público, se deu em 2017, com o apagamento das obras na Avenida 23 de Maio pela gestão Dória. Pagu fez parte da comissão de cerca de 20 artistas que fez frente à Secretaria Municipal de Cultura, então comandada por André Sturm, e criou o MAR (Museu de Arte de Rua de São Paulo), um edital que desde aquele ano vem incentivando a produção de arte urbana. De 2017 para cá, cerca de R$ 13 milhões foram investidos graças a essa política pública criada por artistas.

Capital mundial da arte urbana

O Museu Céu está na Funarte-SP desde novembro de 2024, quando teve aprovado seu projeto para o circuito Arte Não é Privilégio, beneficiário da Bolsa Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça. Assim, um dos bagunçados salões da sede paulistana da Funarte tornou-se o quartel-general e a base para as ações que a trupe de Pagu está desenvolvendo nacionalmente.

Making off: Pagu conversa com o jornalista Alexandre Teixeira na Funarte.
Foto: Maialu Ferlauto

Vale a pena voltar aqui a uma afirmação dele três parágrafos acima: “São Paulo é a capital mundial da arte urbana”. Será mesmo? Pagu já esteve em concorrentes de peso, como Nova York e Miami; Amsterdã e Paris. Voltou sempre convencido de que não há, em nenhum outro lugar do mundo, uma arquitetura tão favorável à arte urbana como a paulistana. Boa parte do que está de pé na cidade foi levantado entre as décadas de 1950 e 1970, com a proposta de máxima ocupação do solo. A ideia era que os prédios fossem colados uns nos outros. Como vários desses prédios não subiram, acabaram surgindo várias empenas cegas, que são as grandes telas para os murais que enfeitam a metrópole. Além disso, a cidade tem muitos túneis, muitas pontes, muitos muros – e quase nenhum horizonte. Isso explica por que, embora não tenha nascido aqui, o grafite se consolidou de uma maneira muito específica. “Enquanto você tem em Nova York o grafite ligado principalmente ao movimento do hip hop”, explica ele, “aqui você teve uma proliferação de grupos e coletivos que foram para diferentes linguagens da arte urbana”.

Em vez de um único big bang, como o dos metrôs grafitados na Nova York da virada dos anos 1970 para os 1980, artistas paulistanos formaram diferentes escolas, que foram influenciando gerações sucessivamente. Pioneiro do grafite no Brasil, Alex Vallauri, artista nascido na Eritréia e radicado em São Paulo na década de 1970, praticou e ensinou técnicas de estêncil que cobriram quilômetros de muros na cidade. Depois vieram os “Tupinãodá”, um dos primeiros coletivos de arte urbana do Brasil, formado na década de 1980, Julio Barreto, Juneca, Carmen (Maria, artista plástica moçambicana) e Márcia (Mota), além de diversos outros grupos.

O compartilhamento de técnicas geração após geração resulta, por exemplo, num artista como Eduardo Kobra, que, saído do Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana, realizou no Boulevard Olímpico do Rio de Janeiro, em 2016, o mural que inaugurou um recorde no Guinness Book: maior grafite do mundo. Esses pioneiros disseminaram, primeiro por São Paulo, depois pelo Brasil, um conhecimento que floresceu espetacularmente. Só no Boulevard Olímpico, há outros 40 murais, de artistas de todo o país. Essa diversidade é uma das marcas da arte urbana. “Um mural no Minhocão tem um efeito, 80 laterais de prédio com grafites têm outro efeito. O Beco do Batman com um corredor pintado é uma coisa, mas o negócio se expandiu pelo bairro [da Vila Madalena] inteiro e gerou outro efeito”, observa Pagu. Cada painel pintado, diz ele, tem pouco a ver com tinta. “Tem muito mais a ver com todas as questões sociais que envolveram aqueles projetos. Como camada final, o resultado é a tinta de uma obra pintada.” A ponta visível de um processo enorme de discussões sobre a ocupação da cidade.

O lado de fora de um prédio de apartamentos, visível para quem passa por ele, é só privado? Ou não? Exemplo: a turma de Pagu pintou um prédio no Centro de São Paulo, já bem deteriorado. “Pedimos autorização. Fazia parte de um projeto. O proprietário não autorizou”, conta. O grupo foi mesmo assim e fez um dos maiores grafites não autorizados da cidade. Resultado? Uma multa de R$ 3,5 milhões. É uma discussão interessante, porque antigamente esses prédios tinham publicidade. Quando se trata de usar os espaços externos como suporte para arte, a reação dos proprietários varia do desdém à ganância. “Você tem que convencer aquela microssociedade, a população que mora no prédio, de que aquilo [a pintura] vai transformar não só aquela parede, mas aquele prédio. Que vai fazer parte de um museu [a céu aberto].” O processo é educativo: porque essa obra de arte, quem é esse artista, qual o tema, por que ele foi escolhido, por que é importante participar da transformação da cidade.

O movimento da arte urbana é, para Pagu, o mais disruptivo e contemporâneo das últimas décadas. É uma arte acessível ao público e envolvida com as questões sociais. “É o que está acontecendo de mais efervescente em São Paulo. Tem muita gente pintando e muita gente transformando a cidade a partir de uma tecnologia [o grafite].” Essa agitação tem DNA paulistano, mas é sintoma da vitalidade artística do Brasil como um todo. “A gente está exportando muitos artistas”, afirma Pagu. “Tem artistas do Brasil que estão no mundo todo.”

Qualquer lista de “street art Made in Brazil” obviamente vai passar por nomes como o de Kobra e d’Os Gêmeos, mas há diversos outros artistas brasileiros mundialmente conhecidos, como Rita Wainer, Luna Buschinelli, Nina Pandolfo e Nunca (nome artístico de Francisco Rodrigues da Silva). Mauro Neri, conhecido pela tag Veracidade e por pintar casinhas de amarelo, circulou por vários países nos últimos quatro ou cinco anos. “Você tem uma série de grupos que realmente estão fazendo esse circuito internacional e, mais do que isso, você tem um circuito internacional que passa por São Paulo para descobrir o que está acontecendo aqui”, nota Pagu.

Liturgia e pixação

Kleber de Barros Dias – Pagu é um apelido-homenagem à modernista Patrícia Galvão – nasceu em Osasco, no Jardim Marisa, divisa com São Paulo. “Sou filho de pastores. Até os 16 ou 17 anos só não vou dizer que fui coroinha, porque coroinha é coisa de católico. Mas cresci nessa liturgia e, ao mesmo tempo tinha uma relação forte com meu bairro”, afirma. “Cresci vendo o movimento da pixação naquela região.” Eram “crews”, grandes grupos sempre em destaque no bairro pela sua ousadia. Quando Pagu tinha nove anos de idade, seu pai – que além de pastor também era eletricista, trabalhando de madrugada na BrasEixos –, montou uma fábrica de vassouras no quintal de casa. A família toda participava da produção artesanal e da venda de porta em porta. Desde então, Pagu se acostumou a trabalhar na rua. Aos poucos, foi se afastando de sua região e indo para outros bairros, vendendo vassouras e conhecendo outras realidades.

Dos 18 aos 19 anos, foi militar. Prestou serviço obrigatório na Aeronáutica. Depois trabalhou em empresas, sempre na área de marketing, criando projetos internos de comunicação e ativação de marcas. Sua formação é em comunicação social, embora tenha iniciado, na época da Aeronáutica, um curso de relações internacionais, que não levou adiante.

A virada que o direcionou para as artes se deu quando Pagu, então com vinte e poucos anos, participou de um processo seletivo no Sesc e foi contratado para ser produtor cultural em Belo Horizonte. Foi quando ele se deu conta de que o que vivera na infância, seguindo os grupos de grafiteiros, era um processo artístico, de alguma maneira. Pagu não fez parte daquele movimento de maneira proeminente, nunca tendo ido além de rabiscos na carteira e pixações no banheiro da escola. Mas a experiência lhe marcou. Quando trabalhava no Sesc em BH, ele conheceu Inhotim, sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo. Passou três dias na primeira visita ao instituto, localizado em Brumadinho, uma cidade com 38 mil habitantes a 60 quilômetros de Belo Horizonte. O terreno, com quase 800 hectares – aproximadamente o tamanho do bairro de Copacabana no Rio de Janeiro ou da área urbana de Ilhabela, no litoral paulista – é de uma antiga mina de minério de ferro e manganês. As instalações foram transformadas em parte do paisagismo e da estrutura do instituto, criando um contraste marcante entre arte, natureza e o passado industrial da área. Belíssimo, mas de acesso limitado para a comunidade da região.

“Era uma mina, que poderia ter virado um espaço público, já que aquela terra foi explorada ao máximo. Mas agora continua sendo explorada de outra maneira, recebendo verbas de diversas instituições, inclusive do governo, para ser mantida”, diz Pagu. Pouca gente tem o privilégio de visitar. Por ser distante de Belo Horizonte. E porque os ingressos custam de R$ 60 (um dia) a R$ 138 (três dias). Foi refletindo sobre a questão do acesso às artes que ele começou a pensar em projetos artísticos que fossem públicos, em ambientes urbanos. “Dentro do Sesc isso acabou não acontecendo nesse formato, mas nesse processo acabei conhecendo e tentando contratar o Kobra para realizar um projeto específico de mural”, diz Pagu. Não deu certo, e foi Kobra que acabou o contratando, justamente para ajudá-lo a atender demandas como a do Sesc.

Kobra já era uma referência, depois de ter passado por fases marcantes, como a do “Green Pincel”, na qual visava combater com o auxílio da arte urbana os mais diversos tipos de agressão ao meio ambiente. Mas ainda não estava consolidado como artista internacional, algo que se tornaria realidade a partir de 2016, com o mural no boulevard olímpico, registrado pela mídia no mundo inteiro. Pagu passou a atender clientes, desenvolver e fechar os projetos comissionados. Assumiu a pré-produção de projetos a serem executados por Kobra e sua equipe.

Foi um período de três anos, de 2013 a 2016, que o encaminhou para o que faz hoje. Realizar projetos de grande visibilidade lhe aguçou a curiosidade sobre as possibilidades de intervenção no espaço urbano, o que o levou a querer ver outros artistas ocupando esse mesmo espaço, com outras linguagens e outros temas. O primeiro foi Wark Rocinha, nome artístico de Marcos Rodrigues, grafiteiro oriundo daquela comunidade. Com o mural de Kobra já inaugurado, Pagu ainda estava no boulevard olímpico, com muito equipamento e muito material. Havia um corredor enorme de paredes em branco. Wark também queria produzir um mural e precisava de apoio. Pagu o produziu, e a partir de então a responsável pelas intervenções no boulevard começou a fazer contato com outros artistas, como Rita Wainer, Vik Muniz e JR, pseudônimo de um artista urbano francês cujo verdadeiro nome é desconhecido. Todos acabaram produzidos por Pagu e contribuindo para o atingimento da marca de 40 murais pintados no local – pelo qual passavam aproximadamente 50 mil pessoas por dia durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Mural que Eduardo Kobra realizou no Boulevard Olímpico do Rio de Janeiro está no Guiness Book: maior grafite do mundo

Cultura sustentável

Graças a iniciativas desse tipo, a arte urbana deixa de ser marginalizada do ponto de vista arquitetônico. “Mas continua sendo marginalizada em vários lugares”, diz Pagu. “Se você sair comigo daqui [sede da Funarte em São Paulo] agora para ir até o Minhocão, pegar um spray e pintar num lugar que é pintado desde os anos 70, a gente pode ser parado, levado para a delegacia e pode ter de responder a um processo por crime ambiental.” Foi justamente no Minhocão, oficialmente Elevado Presidente João Goulart, que Pagu deixou sua marca mais reconhecida em São Paulo – num trabalho que ele define como uma sequência natural do desenvolvido no boulevard olímpico. O projeto começa em 2020, durante a pandemia. Era previsível que, após a emergência sanitária, os ambientes de cultura, já pouco acessíveis à população, receberiam apoio e investimentos ainda mais limitados. Como, então, articular um projeto de cultura sustentável? Transformando espaços públicos em museus a céu aberto.

Grafites em SP Minhocão - A Vida no CentroGrafites em SP Minhocão - A Vida no Centro

De 2015 a 2020, foram realizados ao todo cinco murais no Minhocão. “De 2020 a 2023, nós, do Museu de Arte a Céu Aberto, realizamos 58 murais”, diz Pagu. Hoje há cerca de 80. Foto: A Vida no Centro

Leia também: Grafites em SP: Minhocão, uma galeria de arte a céu aberto

Com isso, o elevado foi descrito em reportagem do The New York Times como uma das maiores galerias urbanas do mundo – o que não resultou em apoio do poder público para manutenção daquele espaço. “A gente continua na marginalidade total”, afirma Pagu, que desde então dedica-se sobretudo a políticas públicas voltadas para a arte urbana e define-se como produtor cultural e artista, nesta ordem.

Seu foco, nos últimos anos, expandiu-se de São Paulo para o Brasil. Uma das principais iniciativas do Museu Céu hoje é o projeto O Museu que Vai Até Você – um museu digital que deverá se estender pelas laterais cegas dos 17 prédios que abrigam os ministérios do governo federal em Brasília. Artistas de toda parte poderão participar enviando obras de arte em formato digital. “Você se inscreve numa plataforma que é aberta, e a gente avalia pra saber em qual momento a sua obra entra, de acordo com os temas”, explica Pagu. Exceto por uma triagem para evitar eventuais trolagens, não haverá curadoria prévia. As obras de arte digitais serão expostas nesse corredor das sete às dez da noite, de segunda a sexta-feira.

Ver as empenas dos ministérios cobertas de grafite virtual será mais um passo na luta para reverter a marginalização da arte urbana. Logo após o boulevard olímpico, quando produziu o Aquário Urbano – a maior obra de arte a céu aberto do mundo, com uma pintura do fundo do mar ocupando 10 mil metros quadrados distribuídos por 15 edifícios no centro de São Paulo – Pagu recebeu uma multa de R$ 3,5 milhões, porque pintou um dos prédios sem autorização.

aquário urbanoaquário urbano

O Museu Céu mantém online o Guia Virtual dos Museus de Arte Urbana, que pode ser acessado pelo site da instituição ou simplesmente apontando o celular para os QRCodes espalhados pelo Minhocão e pelo Beco do Batman. Em breve, será possível consultar também os locais das intervenções do circuito Arte Não é Privilégio, que tem a intenção de, em dois anos, passar pelas 27 capitais do Brasil. Como diz Pagu, “é muito menos sobre a pintura e muito mais sobre as diversas camadas de diálogo com as cidades que a arte urbana propicia hoje em dia”.

Leia também: Aquário Urbano e a polêmica: quem é o dono da paisagem?

Fonte: avidanocentro.com.br

Publicado em: 2025-05-22 12:19:00 | Autor: Alexandre Teixeira |

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