Os preços do cacau subiram mais de 250% no último ano, beirando os  US$ 12.000 por tonelada – o dobro do recorde estabelecido há 46 anos.

E a expectativa é de mais volatilidade em 2025, pois as principais regiões produtoras do fruto sofrem com mudanças climáticas

Os aumentos recentes têm sido impulsionados por condições climáticas incertas na Costa do Marfim e em Gana, os principais países produtores de cacau da África Ocidental. Juntos, eles respondem por cerca de 50% da produção mundial, com 2,2 milhões de toneladas e 680 mil toneladas, respectivamente.

Outro fator que agrava a situação são as doenças do cacau, que têm colocado em xeque a produção global e reforçado as perspectivas de uma oferta reduzida.

Além disso, os estoques globais de cacau registraram uma queda significativa. Ao longo deste ano, os estoques foram sendo consumidos por causa da baixa produção e à fraca safra.

O Brasil ocupa a sexta posição na produção mundial de cacau, com cerca de 200 mil toneladas. Entre as principais regiões produtoras do país estão o Sul da Bahia, especialmente Ilhéus, e o Pará. A perspectiva é de que o país aumente seu volume de produção nos próximos anos, embora isso não deva alterar o cenário de oferta restrita para o ano seguinte.

A estimativa da produção do cacau na Bahia em 2025, por exemplo,  ficou em 119 mil toneladas,  um avanço de apenas 7,0% na comparação com a do ano anterior

Outros produtores apresentam desempenho semelhante e os preços em 2025 deverão continuar a variar bastante, e é possível que o preço do cacau atinja novos recordes históricos.