A Rede Sustentabilidade pediu nesta 2ª feira (11.jan.2021) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac seja liberada em 72h caso a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não mostre porque considerou incompletos os documentos do Butantan.
A Anvisa informou no sábado que deu aval à continuidade da análise do pedido da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para uso emergencial da vacina de Oxford. Segundo a agência, a entidade apresentou “documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada“.
A agência informou, no entanto, que estava incompleta a documentação entregue pelo Butantan no pedido para uso emergencial da vacina contra coronavírus desenvolvida pela instituição, a CoronaVac.
Na petição, a Rede argumenta que caso a Anvisa não conteste formalmente e apresente qual documento está faltando em um dos pedidos que não está presente no outro em 72h, o uso emergencial seja liberado. Se fizer a contestação, a sigla pede que peritos sejam chamados para analisar o fato. Eis a íntegra (109 KB).
A Fiocruz e o Instituto Butantan apresentaram à Anvisa os pedidos para o uso emergencial dos imunizantes na manhã de 6ª feira (8.jan.2021). Segundo a agência, o instituto ligado ao governo de São Paulo apresentou mais informações adicionais às 22h do mesmo dia no mesmo processo.
Acusa Bolsonaro de minar vacina
Na justificativa dos pedidos ao STF, a Rede acusa o presidente Jair Bolsonaro de minar a CoronaVac por ela estar sendo produzida em parceria com o governo de São Paulo, que é liderado por João Doria (PSDB), concorrente político de Bolsonaro.
“A preferência ideológica parece caminhar no sentido de minar uma vacina potencialmente eficaz (CoronaVac) tão somente pelo fato de ter sua inteligência científica desenvolvida na China em parceria com o Governo de São Paulo, cujo mandatário é adversário político do Sr. Presidente da República.”
“O Sr. Presidente da República segue se utilizando de artifícios ardis e alheios ao Estado de Direito para minar as possibilidades de a população brasileira ser imunizada com maior brevidade.”
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