O Bahia voltou a frustrar suas expectativas e as de sua torcida na tarde deste domingo (24), ao empatar 1 a 1 com o Athletico Paranaense pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo, realizado na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, teve um cenário de domínio do time baiano, mas o resultado final não foi o esperado. Com esse empate, o Bahia acumula sete jogos consecutivos sem vitória, sendo cinco derrotas e dois empates, o que gerou uma grande insatisfação no técnico Rogério Ceni.
Rogério Ceni lamenta a série sem vitórias
Na coletiva pós-jogo, Rogério Ceni fez questão de externar seu desconforto com a sequência negativa de resultados. Apesar de considerar que sua equipe fez uma boa partida, assim como havia ocorrido contra o Palmeiras, o treinador destacou que o fato de não vencer é sempre desconfortável, independentemente do desempenho. “Jogamos muito bem, mas não vencer os jogos é sempre desconfortável. Criamos chances, dominamos, mas o que temos que fazer é continuar criando e finalizando mais que o adversário. Agora é tentar vencer o Cuiabá, o que nos resta para tentar se manter na briga pelo objetivo que nós temos”, afirmou o treinador, visivelmente preocupado com a situação da equipe.
Substituições e estratégia tática
Em relação à parte tática, Ceni explicou as escolhas feitas durante a partida, especialmente em relação às substituições. Uma das questões levantadas foi a substituição de Gilberto por Biel, autor do gol de empate. O treinador optou por não colocar Santiago Arias no lugar de Gilberto e justificou sua decisão dizendo que a equipe estava perdendo o jogo no momento da mudança e que, ao perder o poder ofensivo com a saída de Gilberto, precisavam de mais consistência defensiva e, ao mesmo tempo, de dois jogadores abertos e dois homens de área para tentar a virada.
“A escolha foi por Biel e não Arias porque a ideia era manter três homens de meio campo, já que o Athletico não atacava mais com tanto ímpeto. Precisávamos de dois pontas e dois homens de área para tentar reverter o placar”, explicou Ceni. Ele também mencionou que o Everaldo foi crucial para dar peso à área, embora o Cauly, que vinha fazendo bom jogo, tivesse também sido importante.
O Jogo e as Jogadas de Ademir
Na primeira etapa, o Bahia foi a equipe que mais buscou oportunidades de gol, com Ademir, camisa 7, criando diversas jogadas ofensivas. Ceni explicou que a proposta não era apenas cruzar bolas na área, mas trabalhar a bola no chão, com passes para trás para criar finalizações mais precisas. “Tentamos trabalhar com jogadas de bola para trás, com passes curtos e infiltrações. As bolas aéreas surgiram em alguns momentos, mas nossa principal estratégia era jogar pelo chão”, disse o técnico.
Apesar de bons momentos no jogo, a equipe baiana teve dificuldades para encontrar um finalizador com as características necessárias, como Everaldo, para aproveitar os cruzamentos de Ademir e outros passes.
O próximo desafio: Cuiabá
Agora, o Bahia tem uma semana cheia para se preparar para o próximo desafio no Campeonato Brasileiro. No próximo sábado (30), o time de Rogério Ceni vai enfrentar o Cuiabá, na Arena Pantanal, em uma partida crucial para as duas equipes. O Cuiabá, que está em situação delicada na competição, pode ser matematicamente rebaixado caso perca, o que torna o confronto ainda mais importante para o Bahia, que busca se manter na briga pela libertadores.
Com a pressão por bons resultados aumentando, especialmente após uma série de jogos sem vencer, o Bahia precisa se recuperar rapidamente para não deixar escapar suas chances de conquistar um lugar na próxima edição da competição continental.
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