Yasser Jamil Fayad, médico e coordenador do Movimento pela Libertação da Palestina – Ghassan Kanafani, demonstrou recentemente sua solidariedade ao jornal A Nova Democracia e denunciou a perseguição sofrida por esta tribuna.
Via e-mail, Jamil Fayad afirmou: “Quando a plataforma de vídeos do YouTube resolveu de forma unilateral, no último dia 15 de janeiro, banir a conta do Jornal A Nova Democracia não o fez por nenhum gesto nobre em defesa da verdade, pelo contrário, seguiu os mesmos padrões que vem se repetindo em várias plataformas digitais, à saber: censura sistemática de conteúdos políticos anti-imperialistas e anticolonialistas.”
Prossegue denunciando as imposições arbitrárias das bigtechs: “Essa é uma realidade que está se impondo ao mundo pelas grandes corporações que comandam a comunicação, de forma mais evidente na digital. O Jornal A Nova Democracia tem se posicionado abertamente em favor do povo palestino e de sua luta de libertação nacional contrariando, portanto, o desejo da política estadunidense e das potências europeias, assim como do colonialismo judaico sionista na Palestina — foi alvo de censura política.”.
Finaliza concluindo que: “Israel fez, faz e fará de tudo para calar as vozes que lhes são contrárias, assim como promoverá uma tentativa de maquiar sua imagem internacional profundamente abalada após outubro de 2023, em decorrência da digna e justa luta do povo palestino que descortinou a longa e continua ação política-militar israelense de limpeza étnica e genocídio, na Palestina, repercutidas e denunciadas por vários veículos como o Jornal A Nova Democracia, no Brasil. Toda a nossa solidariedade ao Jornal A Nova Democracia e a sua luta pela verdade e em favor dos povos explorados e oprimidos do mundo todo.”.
Jamil Fayad é coordenador do Movimento pela Libertação da Palestina – Ghassan Kanafani, militante ativo da causa palestina e médico infectologista pediátrico de formação. Fayad também é autor de trabalhos literários como “Nosso verbo é lutar: Somos todos palestinos”.
Yasser Jamil Fayad se soma a muitas outras entidades palestinas e anti-imperialistas, órgãos de imprensa democráticos e revolucionários no País ou no estrangeiro, personalidades e proeminentes figuras democráticas, que se solidarizam com o AND.
Entenda o que ocorreu
O canal do jornal A Nova Democracia, que realizava diariamente o Plantão Palestina, foi acusado de “publicar no Youtube conteúdo que apoie, promova ou ajude organizações criminosas ou extremistas violentas”.
O AND, em matéria publicada denunciando a censura de seu canal, afirmou sobre o ocorrido: “Para a Redação de AND, só é possível supôr que o Youtube considere a histórica cobertura de nossa tribuna sobre a guerra camponesa revolucionária travada nos rincões do Brasil, na qual os camponeses, indígenas e quilombolas enfrentam com audácia os crimes dos bandos paramilitares do latifúndio (como na cobertura da luta camponesa nos Acampamentos Manoel Ribeiro e Tiago Campin dos Santos, em 2021 e 2022, ou da luta dos Guarani-Kaiowá em Douradina, em 2024) como uma violação das diretrizes reacionárias; ou, da mesma forma, que a plataforma considere como violação das diretrizes sionistas a cobertura, por AND, da guerra de libertação nacional do povo palestino, cobertura que sempre contou com a transmissão de vídeos da Resistência Nacional Palestina, em que os guerrilheiros árabes varrem a ocupação sionista de seus territórios com ousadas ações militares.”.
Publicado em: 2025-01-26 13:56:00 | Autor: Redação de AND |